Departamento orienta que moradores reservem 10 minutos por semana para checar possíveis focos do mosquito em suas casas
Com a chegada do período de chuvas e o aumento das temperaturas — condições que favorecem a reprodução do mosquito Aedes aegypti —, o Departamento de Vigilância em Zoonoses de Santa Bárbara d’Oeste, vinculado à Secretaria de Saúde, alerta para o impacto do alto número de imóveis que não puderam ser trabalhados pelas equipes de combate à dengue.
Ao longo do mês de outubro, até o dia 20, foram realizadas 15.944 visitas dentro das ações preventivas, incluindo vistorias domiciliares, bloqueio e controle de criadouros, nebulização e Avaliação de Densidade Larvária. Deste total, 8.047 imóveis, o que representa mais de 50%, não resultaram em trabalho efetivo devido à ausência de moradores ou à recusa de entrada.
Entre os imóveis não trabalhados, 7.094 estavam fechados no momento da ação, 385 estavam desocupados, 35 tiveram apenas atendimento no portão, sem autorização de entrada, e 527 recusaram a entrada do agente.
O Departamento reforça que, nesse cenário de calor e chuva, qualquer recipiente com água parada — como pratos de vasos, garrafas, baldes, caixas-d’água destampadas e calhas entupidas — pode se tornar criadouro do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. A recusa ou impossibilidade de acesso impede que o trabalho preventivo seja realizado em todo o território.
A orientação é que os moradores reservem 10 minutos por semana para checar possíveis focos em suas residências e recebam os agentes de controle de endemias, devidamente identificados, sempre que houver visita. A colaboração da população é essencial para que o trabalho preventivo alcance todo o território e reduza o risco de novas infestações. Todas as ações são gratuitas e não há cobrança de taxas para nenhum serviço ou produto utilizado.

Orientações
As orientações para a população são simples e podem salvar vidas:
– Utilizar tampas e telas para vedar baldes e tambores de armazenamento de água;
– Armazenar objetos em local coberto, ou descartar, de forma adequada, o material que não vai mais utilizar. O Município dispõe de Ecopontos e do serviço de coleta de resíduos regular;
– Limpar as calhas e caixas d’água;
– Não armazenar pneus e garrafas em local descoberto;
– Não deixar plantas na água, utilizando sempre vasos com terra;
– Verificar a drenagem dos vasos de planta, para que não acumulem água;
– Não utilizar pratinhos embaixo dos vasos;
– Evitar bromélias, em centros urbanos, pois elas também servem como criadouro de Aedes aegypti;
– Usar telas nas caixas d’água;
– Instalar telas mosquiteiras em janelas e portas;
– Limpar e fazer o tratamento adequado nas piscinas.

Em caso de sintomas como febre alta, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos, manchas vermelhas na pele e dores no corpo, é fundamental procurar a unidade de saúde mais próxima e evitar a automedicação, pois alguns medicamentos podem agravar o quadro clínico.
Vale ressaltar que a pessoa também deve ficar atenta aos sinais de alarme para a dengue que incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, queda abrupta na temperatura do corpo, sangramentos, agitação ou sonolência, choro persistente em crianças, tontura ou desmaio, pele fria e pálida, dificuldade de respirar e diminuição da quantidade de urina. Esses sintomas podem aparecer a partir do terceiro dia da doença e indicar agravamento do quadro. Neste caso, é primordial procurar o serviço de saúde imediatamente.
Para mais informações sobre as ações e serviços, os cidadãos podem entrar em contato pelo telefone (19) 3463.8099, de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 16 horas. O Departamento de Vigilância em Zoonoses está localizado na Estrada da Cachoeira, 1.365, bairro São Joaquim.