As operadoras de telefonia móvel enviaram gratuitamente no ano passado 990 milhões de mensagens de texto (SMSs) com alertas para o risco de desastres naturais, como chuvas fortes, alagamentos e baixa umidade do ar e mensagens sobre a Covid-19. Desde quando o serviço foi criado, em 2017, 1,8 bilhão de mensagens já foram enviadas aos usuários cadastrados para receber os alertas.
As pessoas cadastradas no sistema pelo celular recebem os alertas gratuitamente, pois todos os custos referentes ao envio das mensagens ficam a cargo das prestadoras. Para receber os alertas, o usuário deve enviar uma mensagem pelo celular para o número 40199, com o CEP do endereço que deseja ser monitorado.
O sistema de envio de alertas começou em fevereiro de 2017, por Santa Catarina, e foi gradativamente sendo ampliado, estando disponível para todo o País desde fevereiro de 2018. Apenas em 2020, foram emitidos pela Defesa Civil 20.740 alertas e, desde 2017, o total acumulado foi de 40.158. O conteúdo da mensagem é definido pela Defesa Civil e um mesmo texto é enviado para vários usuários cadastrados que estejam na região a ser afetada.
A grande maioria dos alertas foi sobre chuvas intensas, o que correspondeu a 57% do total. Informações sobre doenças infecciosas virais somaram 17% e a baixa umidade do ar foi responsável por 11% dos alertas, seguida de alagamentos (4%), granizo (3%) e de outros motivos, como vendaval, inundações, enxurradas, ciclones e incêndios.
O Estado que mais recebeu mensagens de alerta foi São Paulo, com 463,7 milhões de SMS. São Paulo também é a unidade da federação que tem o maior número celulares, somando 70 milhões.
Além dos SMSs emitidos pela defesa Civil sobre a Covid-19, outros 432 milhões de mensagens foram enviadas pelas operadoras sobre a pandemia, demandados pelo Governo Federal e Governos Estaduais.
Coordenado pelo Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres), do Ministério do Desenvolvimento Regional, o sistema foi implantado pelas operadoras em parceria com a Defesa Civil dos Estados e com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).