Sabe aquela poltrona que acabou virando depósito de roupas no quarto? E aquela cadeira que parece meio deslocada na casa e não se encaixa ao restante da decoração? E aquele jogo de louças que você herdou da avó, mas nunca usou e nem pretende usar? Pois saiba que tudo isso pode virar dinheiro no seu bolso.
A pesquisa “Brasil Digital: itens parados em casa”, realizada pela OLX, identificou que 63% dos brasileiros possuem ao menos um produto parado em casa que poderia ser vendido. É um elevado potencial de geração de renda extra, que pode se transformar em dinheiro para quitar dívidas, realizar reformas, fazer cursos, viagens e atender outras necessidades da família.
Segundo o levantamento, a partir da quantidade média de itens que o brasileiro pode desapegar, é possível chegar à estimativa de, ao menos, R$ 4,7 mil parados em casa.
“Com a chegada da pandemia, vimos aumentar o número de pessoas interessadas tanto em adquirir móveis de segunda mão quanto em vender. Muita gente começou a passar mais tempo em casa, e itens que antes passavam despercebidos passaram a incomodar, a ‘sobrar'”, explica Marina Zaiantchick, da TAG2U, empresa paulistana especializada em decoração sustentável através da compra e venda de produtos usados.
Localizada na zona oeste da capital paulista, a empresa conta com um showroom de mais de 1.800m² e um e-commerce, com milhares de produtos à venda, e já atendeu mais de 12.000 clientes. “Foi possível notar um aumento significativo de pessoas que precisaram mudar de casa nesse período. Vender os móveis e demais objetos que não seriam mais utilizados no novo lar se tornou uma possibilidade de ganhar um dinheirinho extra”, ressalta Marina.
Galpão da TAG2U reúne milhares de itens de segunda mão
Sustentabilidade
Além da renda extra, a venda de móveis e demais itens usados é uma atitude direcionada a um futuro mais sustentável, evitando o descarte inadequado e colocando no mercado objetos que já existem e podem continuar atendendo às necessidades de outras pessoas, como explica Marina. “O melhor móvel é aquele que já existe, sempre gostamos de reforçar esse pensamento. Imagine quantos milhares de móveis em boas condições de uso foram descartados ao longo das décadas, apenas por conta desse olhar – ultrapassado, diga-se de passagem – de que esses itens são ‘velharia’ e devem ir para o lixo”.
Mas como passar da ideia para a prática e começar a movimentar os itens parados? Marina dá cinco dicas para quem deseja desapegar de itens de segunda mão. Confira!
1) Faça uma varredura
Separe um dia para verificar tudo que está parado em casa e pode ser útil para outras pessoas. Além dos móveis que você quer passar para frente, vale dar uma olhada geral no guarda-roupa, armários, cristaleiras, estantes e gavetas.
2) Faça uma lista
Durante a varredura, anote todos os itens, onde eles estão guardados e quais as condições deles. Em caso de conjuntos ou jogos de peças, anote a quantidade de cada coisa (quantos pratos, xícaras, copos, talheres etc).
3) Fotografe
Aproveite a luz natural ou tire fotos em ambientes bem iluminados, com bom enquadramento e foco. A câmera do celular é suficiente, desde que você tenha uma boa quantidade de imagens, não só do item inteiro, mas de detalhes também. Se houver algum detalhe como manchas, furos ou outras avarias, fotografe também, pois o comprador deve saber com clareza.
4) Saiba onde vender
As redes sociais podem ser excelentes canais de venda, mas requerem tempo para divulgação, para responder aos potenciais compradores e propostas de negociação. “Recebemos na TAG2U muitos interessados em vender seus móveis e itens de decoração, que querem realmente passar para frente mas não têm tempo para gerenciar esse processo, realizar entregas, responder dúvidas. Então nós fazemos isso de forma prática e profissional, sem que o vendedor tenha que se preocupar. Além disso, também temos a opção de disponibilizar o valor das vendas em créditos, caso ele queira adquirir outros itens na própria TAG”, conta Marina.
5) Pesquise os valores de mercado
Antes de precificar suas peças, caso decida vender por conta própria, pesquise em grupos e sites de itens usados quais são os valores médios praticados. Isso evita que você peça um valor muito alto e acabe com as peças encalhadas, ou um preço muito baixo e ganhe menos do que poderia. Sempre leve em conta o estado das peças a serem vendidas.
“Comprar e vender itens de segunda mão é uma forma de repensar o consumo. É um passo que parece pequeno, mas que pouco a pouco impacta em um futuro muito mais sustentável”, finaliza Marina Zaiantchick.