(Reuters) – O dólar fechou esta terça-feira em alta de quase 1 por cento frente ao real e marcou o maior avanço mensal desde setembro, sucumbindo às preocupações a cena política após a queda de mais um ministro do governo interino de Michel Temer e o indiciamento do presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco.
Operadores acreditam que a moeda norte-americana pode até mostrar algum alívio no caso de um noticiário mais tranquilo, mas não deve voltar abaixo de 3,50 reais tão cedo. Por outro lado, mais surpresas no campo político podem levar a divisa a engrenar em trajetória de alta.
O dólar avançou 0,96 por cento, a 3,6123 reais na venda, após chegar a 3,6386 reais na máxima da sessão. A moeda norte-americana acumulou alta de 5,01 por cento em maio, a maior mensal desde setembro (+9,33 por cento) e interrompendo três meses consecutivos de queda.
O dólar futuro avançava cerca de 1,2 por cento no final desta tarde.
“Vai demorar muito até que a política não seja o tema número um na agenda do mercado”, resumiu o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.