A Comissão de Estudos e Acompanhamento para a Despoluição da Represa do Salto Grande da Câmara Municipal de Americana reuniu-se na terça-feira (5) na secretaria Municipal de Meio Ambiente com representantes de um projeto de Eco Usina Sustentável desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa (MG). O projeto, apresentado pelo diretor de negócios da Saffi Consultoria, Renesse Junior, e Douglas Araújo, da Neo Eficiência, visa substituir os lixões e aterros sanitários.
Participaram a vereadora Maria Giovana (PC do B), presidente da comissão, o vereador Rafael Macris (PSDB), relator, o vereador Gualter Amado (PRB), membro da comissão, e o secretário de Meio Ambiente, Odair Dias, além de assessores parlamentares.
Segundo os idealizadores do Eco Usina, um dos maiores problemas atuais é a intensa geração de resíduos e sua destinação incorreta. ???Estima-se que 80% dos municípios brasileiros depositam seus resíduos em lixões, o que causa contaminação aos lençóis freáticos, à atmosfera e ao solo???, disse Renesse Junior.
O projeto desenvolvido pela Universidade Federal de Viçosa propõe um novo conceito em tratamento de resíduos. O sistema ??? que já está em processo de implantação na cidade de Ouro Preto (MG) ??? não deixa passivos ambientais, transforma matéria orgânica em energia, trata do lixo eletrônico, do lixo hospitalar e também de resíduos da construção civil.
Outro ponto positivo é que a usina pode trabalhar em conjunto com as cooperativas de reciclagem do município. ???Os lixões trazem prejuízos para o meio ambiente e comprometem a integridade da saúde pública. Este projeto gera todos os recursos necessários para sua operação, tais como energia, renda e insumos para agricultura, garantindo 100% de sustentabilidade no processo de tratamento de resíduos, podendo processar todo tipo de lixo transformando-o em recursos úteis para a sociedade???, afirmou Douglas Araujo.
O vereador Rafael Macris analisou como de essencial importância conhecer novas tecnologias sobre o descarte de resíduos. ????? importante analisarmos tecnologias alternativas para a destinação do nosso lixo, principalmente as que agridam menos o meio ambiente e ocupem uma pequena área territorial???, avaliou
Para a presidente da comissão, Maria Giovana, é importante que o Executivo e a sociedade saibam que existem alternativas ao aterro sanitário que atualmente está em fase de construção na região do Pós-Represa. ???Essa é uma das alternativas. Existem outras. Tenho esperança de que vamos conseguir outra tecnologia, mais limpa, para Americana???, argumentou.
A comissão irá organizar nos próximos meses um simpósio para que outras tecnologias sejam apresentadas à sociedade.