“O amor eu vim lhe dar. O amor vou lhe entregar. E o som do tambor?!”. Assim começam os batuques durante a aula. E é por meio dele que a escola da vida segue, criando autoestima, disciplina e iniciativa. ?? no ritmo da caixa, surdo, agogô, ganzá e do repinique que cerca de 90 crianças entre 10 e 11 anos, do 4º e 5º anos do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino de Santa Bárbara d´Oeste vêm rompendo barreiras culturais com o Projeto “Escola de Batuque”.

A partir do contato com a musicalidade, do protagonismo e da experiência de serem aplaudidos diante do público, estudantes do CIEP (Centro Integrado de Educação Pública) “Carmelina Pellegrino Cervone”, no Jardim Santa Fé, Emefei (Escola Municipal de Ensino Fundamental e Educação Infantil) do Bosque das Árvores, e Emefei “Anália de Lucca Furlan”, no Cruzeiro do Sul, se tornam donos da própria história e têm suas vidas transformadas. 
De acordo com a secretária de Educação, Tânia Mara da Silva, o projeto contribui para o desenvolvimento pessoal e social das crianças. “A aprendizagem musical possibilita uma transformação cultural e social profundas, onde se criam novas oportunidades, e os alunos passam de meros espectadores a agentes culturais da arte brasileira”, disse.
“?? uma proposta de tirar as crianças da condição de meros receptores de uma cultura de massa e colocá-los como agente da nossa cultura. Quando eles sobem no palco para se apresentar e sentem a vibração do público, elas se vêem e isso reflete na autoestima, no descobrimento da capacidade delas de ir além”, disse o responsável pela Escola de Batuque, Hélio Cunha. 
Os alunos participam de duas horas de aula semanal e quando necessário realizam ensaios extras. Nas aulas aprendem a tocar ritmos típicos do nordeste e sudeste, bem como cantar canções que fazem parte deste repertório. O trabalho conta com o apoio de dirigentes e coordenadores escolares.