As campanhas eleitorais se iniciam e atipicidade é o termo que define o cenário para comunicadores e estrategistas políticos.
A legislação brasileira é analítica e, apesar de amparada por uma Constituição rígida, têm leis ordinárias que sofrem grande maleabilidade – frequentemente, como a eleitoral. A forma de se fazer campanha mudou e hoje não há showmícios com bonecos ‘de Olinda’, brindes, outdoors imensos, doação de empresas; mas há internet.Uma das principais redes sociais do mundo se adequou ao país e instituiu patrocínios na rede com demarcações de ???propaganda eleitoral??? mediante cadastro, com comprovação por documentação dos candidatos, seus representantes, partidos e coligações. A prestação de contas é cada vez mais complexa, pela transparência e pela mídia ter mesclado receptores e emissores da mensagem, não há mais uma via de mão única na comunicação.As ferramentas evoluíram, a lei se alterou, o político não mais se esconde atrás de caricaturas (mostra as caras), as câmaras municipais passaram por alto índice de renovação em 2016, que demonstra mudança também nos eleitores.O incontentamento é geral e a construção das eleições 2018 é inteira atípica, a informação é imediata e o povo grita almejando entender o que é dito, agora, para pregar é necessário aprender antes a língua da população e descer do púlpito. O barulho da mudança acordou muitos líderes, outros, ainda repousam suavemente em suas cadeiras de balanço e pensam que, em outubro, realizando missas de costas para todos e cantando em latim, como em séculos passados, sentarão novamente no trono para reinado. Neste momento é que os despertos estarão seguindo novas cartilhas e se promoverão com outras ações, enquanto os que já repousaram demais perderam o tempo – e perderão o sono.