Cerca de 300 milhões de pessoas ou 6% da humanidade, sofrem com
depressão. Muitas pesquisas buscam formas de preveni-la. Uma das linhas de
investigação é o impacto que podem ter as atividades físicas na vida dessas
pessoas. Um trabalho publicado nesta quarta-feira (23), reforça a estratégia.

Os pesquisadores investigaram uma abordagem genética para avaliar
o potencial de proteção dos exercícios contra a depressão. Os pesquisadores,
liderados por Karmel Choi, da Unidade de Psiquiatria e Genética do
Neurodesenvolvimento do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, identificaram
e cruzaram variantes genéticas de resultados de estudos de larga escala feitos
para atividade física no Reino Unido e para depressão em um consórcio global.

Foram considerados dois levantamentos: um com 377 mil pessoas, que
preencheram relatórios sobre seu nível de atividade; e um outro com 91 mil
pessoas que usaram sensores de movimento no pulso. Os resultados do trabalho,
publicado na revista Jama Psychiatry, indicaram que a atividade física parece
exercer proteção contra o risco de desenvolver depressão. E qualquer atividade
física, explica o pesquisador, parece ser melhor que nenhuma.