A falta de um remédio para uma idosa que tem hepatite C crônica pode levar à perda de outro remédio já entregue no valor de R$ 213 mil.
Isso acontece porque o tratamento fornecido pelo SUS não pode ser ministrado nela uma vez que seu corpo não aguentaria e ela viria a óbito. Existe um tratamento possível e caso ela não o faça, faleceria também.
Os advogados que a defendem dizem que se ela vender tudo o que tem, não consegue comprar os medicamentos. Foram prescritos dois medicamentos o Sofosbuvir 400 mg (R$ 213 mil) e o Daclatasvir 60 mg (R$ 66 mil) que devem ser utilizados simultaneamente.
“Entrei com um processo contra o município de Americana e a Fazenda Pública do Estado, o juiz concedeu liminar e intimou os réus a concederem o medicamento”, informa uma das advogadas.
Mas no último dia 18 de julho entregaram apenas o medicamento mais caro Sofosbuvir, dizendo que o outro seria entregue em algumas semanas. O município de Americana agravou a liminar, que foi suspensa.
O grave é que o medicamento que está com a paciente vence em março de 2017. As advogadas chegaram a ligar na Secretária de Saúde em Campinas e todos falaram que nada podem fazer.
A informação é que se ela não receber o medicamento que falta até inicio de janeiro, o poder público estará jogando fora R$ 213 mil. “Vai junto a esperança de cura de uma cidadã, vez que o medicamento mais caro perderá a validade”, disse. A
A advogada disse que ‘nem consegue mais dormir direito pensando em sua cliente doente, que olha “metade” da sua cura em casa todos os dias e chora com a possibilidade de perder seu tratamento por causa do descaso e da desorganização do Poder Público’. O processo 1004971-95.2016.8.26.0019 corre na 3a vara cível de Americana e a defesa da senhora é feita pela Sobreira & Zanatta sociedade de advogados.