Cidades da Região Metropolitana de Campinas, de onde sou natural, cresceram a partir das ferrovias implantadas ainda no final do século 19.
São os casos de Campinas, Sumaré e Paulínia, cujos núcleos urbanos evoluíram a partir das estações das Companhias Paulista, Mogiana e Funilense. São inúmeras as histórias que ouvimos de nossos pais e avós sobre a importância dos trens nas suas vidas. As estações eram os principais pontos de encontro das pessoas que iam e viam, com seus sonhos e projetos de vida.
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Pois o Estado de São Paulo vive no momento uma grande euforia com importantes projetos que apontam para uma revitalização da malha ferroviária em seu território. O Trem Intercidades (TIC), ligando São Paulo a Campinas, e passando por Jundiaí, Louveira, Vinhedo e Valinhos, é um dos principais desses projetos.
Iniciativa do Governo de São Paulo, o TIC foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, o que demonstra a sua relevância a nível federal. Será um novo motor de desenvolvimento para três das regiões mais dinâmicas do país, as de São Paulo, Jundiaí e Campinas.
Mas também há outros significativos investimentos previstos para requalificar a malha ferroviária paulista, com enorme repercussão em termos de melhoria da mobilidade da população. São os casos das obras que a Rumo está iniciando ao longo de seu trajeto, entre Panorama e Santos, e que terão consequências positivas para todas as cidades em sua área de influência.
Por todos esses motivos, estou muito entusiasmado com o lançamento, no próximo dia 26 de outubro, na Assembleia Legislativa de São Paulo, da Frente Parlamentar pela Malha Ferroviária, criada a partir de uma iniciativa de minha autoria. Entendo que a Frente Parlamentar representará uma aproximação muito próspera entre a Assembleia Legislativa e todos os atores envolvidos na requalificação da malha ferroviária paulista. O Parlamento estadual tem muito a contribuir, com o arcabouço legal, com discussão aprofundada e reflexões que podem elevar ainda mais o patamar do que está sendo concebido para esse novo salto da mobilidade em território paulista.
Foi um absurdo o abandono gradativo do transporte de pessoas por ferrovias no nosso Brasil. O transporte de mercadorias por via ferroviária também poderia estar em outro nível nesse momento. Os países mais desenvolvidos do mundo nunca negligenciaram a importância das ferrovias. Muito pelo contrário, sua malha ferroviária foi sendo ampliada e modernizada de modo permanente, com grande benefício para seus povos e também em termos econômicos.
Por isso entendo de enorme peso estratégico a renovação da malha ferroviária no estado de São Paulo e em todo Brasil. Além de seus inegáveis aspectos positivos em termos de diminuição de custos de transporte, as ferrovias também são determinantes hoje no esforço que deve ser feito para combater as mudanças climáticas. O transporte ferroviário emite muito menos poluentes do que aquele por rodovias e outros meios.
É com um grande ânimo, portanto, que meu mandato estará muito empenhado na implantação e implementação da Frente Parlamentar pela Malha Ferroviária. Não se trata de um resgate romântico dos bons tempos dos trens de ferro. Trata-se de pensar o futuro próximo, na melhoria substancial da qualidade de vida da população paulista e brasileira, na criação de novos empregos, na atração de novos investimentos que a requalificação da malha ferroviária vai implicar.
A Frente Parlamentar é mais uma ação de nosso mandato no sentido de defender a Região Metropolitana de Campinas, de defender o estado de São Paulo, de defender o querido Brasil!
Por Dirceu Dalben, deputado estadual
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