Com a disseminação da internet, é quase impossível não conhecer alguém que não tenha sido incomodado pelo menos uma vez por golpistas.

A novidade da vez são os “grupos de tarefas” no Telegram, um golpe que promete ganhos fáceis e lucrativos, porém tem levado muitos usuários a perder dinheiro e ter seus dados pessoais expostos.

Compreender o funcionamento desse esquema é essencial para evitar ser enganado, e é por isso que neste artigo vamos apresentar dicas práticas sobre como identificar e se proteger desse tipo de golpe.

Como funciona o golpe?

O golpe do Grupo de Tarefas no Telegram opera sob uma fachada de oportunidade e facilidade, visando atrair pessoas em busca de ganhos financeiros sem esforço. Geralmente, segue os seguintes passos:

Muitas vezes a abordagem é feita utilizando temos como “oferta de emprego”, “trabalho meio período em casa”, “trabalho freelancer”, “pesquisa remunerada”, entre outros.

A quadrilha se faz passar por empresas legítimas e, quando os usuários fazem perguntas, eles enviam os dados cadastrais da empresa, como Nome Empresarial, CNPJ, Endereço, telefone, email, etc. Entretanto, esses dados podem ser obtidos facilmente através de uma rápida pesquisa no Google, resultando em mudanças frequentes do nome da empresa que os golpistas afirmam representar a cada novo contato.

Golpe do “grupo de tarefas” do Telegram; como funciona

Uma vez que a vitima responda a mensagem, é iniciado o ciclo do golpe:

1- Solicitação para participação no grupo do Telegram:

Quando alguém é atraído pelas promessas de ganhos fáceis, os golpistas pedem que a pessoa entre em um grupo do Telegram. Nesse grupo, compartilham informações sobre as tarefas supostamente necessárias para ganhar dinheiro.

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2 Tarefas Falsas:

Essas tarefas geralmente envolvem ações simples, como clicar em links, curtir canais e vídeos no YouTube, compartilhar informações, preencher formulários ou atrair novos membros para o grupo. No entanto, essas tarefas não têm relação com ganhos reais; servem apenas para manter as vítimas envolvidas no golpe. Essas ações não levantam suspeitas, permitindo que os criminosos ganhem a confiança do usuário.

3- Pagamento pelas primeiras tarefas:

Em muitos casos, os golpistas fazem pequenos investimentos financeiros para ganhar ainda mais a confiança do usuário.

Algumas pessoas relatam terem recebido pequenas quantias, como PIX de 10 ou 20 reais, ao concluir as primeiras tarefas. No entanto, ao fazer isso, a vítima já caiu na primeira fase do golpe, revelando aos golpistas informações pessoais como nome, banco que tem conta, código PIX, e-mail e telefone, etc.

4- Tarefas mais suspeitas

À medida que o usuário se sente mais confiante na suposta empresa contratante, os golpistas avançam para passos que resultarão em problemas financeiros maiores para as vítimas. A natureza exata dessa etapa varia, podendo incluir desde a instalação de aplicativos com vírus até a compra de criptomoedas com promessas irrealistas de retorno.

5- Infecção por Vírus digitais

Se o golpe envolve direcionar a vítima a um site infectado ou instalar um aplicativo com vírus, os golpistas podem obter acesso a informações valiosas no dispositivo da vítima, como senhas e aplicativos bancários. Isso pode causar prejuízos financeiros significativos.

Além disso os vírus podem fornecer aos golpistas acesso as câmeras e microfones dos dispositivos, abrindo margens para potenciais riscos de chantagens futuras.

6- Criptomoedas Inexistentes

No caso do golpe se concentrar na compra de criptomoedas, os golpistas podem simular ganhos e convencer as vítimas a investirem ainda mais dinheiro. Entretanto, quando a vítima tenta sacar seus ganhos, ela se depara com requisitos exigentes, muitas vezes envolvendo o fornecimento de informações pessoais e bancárias. Mesmo que a vítima forneça esses dados, nunca conseguirá sacar seus ganhos, pois eles simplesmente não existem.

7- Desaparecimento dos golpistas

Após alguns dias, os golpistas desaparecem, os grupos são apagados e as mensagens antigas se perdem junto com eles.

 

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