Com o avanço da tecnologia e o período de isolamento social, o número de leilões virtuais cresceu nos últimos meses, se tornando uma alternativa para quem deseja arrematar bens variados. Entretanto, também estão frequentes as ações de quadrilhas especializadas em crimes cibernéticos, que buscam enganar os consumidores. Apenas no primeiro trimestre deste ano, os leilões falsos tiveram um aumento de 70%, de acordo com levantamento da Associação Nacional dos Leiloeiros Judiciais (ANLJ).

O Sindicato dos Leiloeiros do Estado de São Paulo registrou recentemente cerca de 800 sites falsos aplicando golpes. Em alguns casos, inclusive, as casas leiloeiras tiveram seus nomes e logotipos clonados, induzindo os arrematantes ao erro pois ao olhar o site tudo levava a crer que era a página do leiloeiro oficial, mas, na verdade, era uma imitação.

Os golpistas buscam reproduzir um leilão virtual adquirindo endereços na internet, utilizando padrões visuais, disponibilizando fotos fictícias de produtos e inserindo, inclusive, marcas de bancos ou órgãos públicos em suas páginas.

Segundo especialistas, para evitar esse tipo de fraude é preciso estar atento a alguns detalhes. “O comprador precisa ler o edital que especifica os lotes com atenção e identificar o nome do leiloeiro que está organizando o evento. É essencial busca-lo na junta comercial e avaliar a conta a ser depositado o valor, que deve estar em nome do leiloeiro oficial ou do comitente”, explica Antonio Hissao Sato Junior, leiloeiro público oficial.

De acordo com Sato Junior, que também é CEO da Sato Leilões, empresa que desde 2004 organiza alguns dos maiores leilões do País, outras medidas também podem ser tomadas para verificar a autenticidade do processo. “O comprador deve averiguar a possibilidade de visitar os lotes e também assistir ao leilão online, garantindo que se trata de algo verídico”, conclui.