(Reuters) – O governo federal anunciou nesta segunda-feira mais um adiamento, desta vez por pelo menos um ano, do leilão do controverso trem-bala –que ligará Campinas, São Paulo e Rio de Janeiro –, para evitar que o processo tivesse apenas um concorrente.
O adiamento ocorre em meio a denúncias de irregularidades em licitações do metrô em São Paulo e o Distrito Federal envolvendo prováveis empresas interessadas no trem-bala e também a um clamor nas grandes cidades por melhora da mobilidade urbana.
O novo adiamento, segundo o ministro dos Transportes, César Borges, foi motivada pelo interesse do governo em trazer mais concorrentes e não pelas denúncias. “O que nós estamos fazendo é um adiamento e não um cancelamento”, disse o ministro César Borges a jornalistas nesta segunda-feira.
Segundo ele, apesar do adiamento e de não haver uma data certa para o leilão, está mantida a previsão de que o trem-bala entrará em funcionamento até 2020. Na semana passada, o governo recebeu manifestações dos consórcios alemão, liderado pela Siemens, e espanhol, que tem entre seus sócios a Talgo e a estatal Renfe, de que entrariam na disputa se tivessem mais prazo.