A Prefeitura de Nova Odessa, através da Secretaria de Educação, está oferecendo aulas de português para haitianos que vivem na cidade com objetivo de promover a integração social e facilitar seu convívio. Atualmente, cerca de 50 haitianos participam das aulas, oferecidas através da EJA (Educação de Jovens e Adultos).
Para atender os haitianos foi feita uma adaptação na grade curricular com foco no desenvolvimento da linguagem em situações cotidianas. Além do ensino da língua portuguesa, os alunos também estão recebendo informações sobre o sistema monetário brasileiro.
As aulas são ministradas no período noturno na Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Dante Gazzetta, no Centro. “O maior desafio enfrentado pelos haitianos é o domínio da língua portuguesa, sendo que a dificuldade de sua compreensão acaba por interferir diretamente na sua autonomia num país estrangeiro, prejudicando sua integração social, a conquista do emprego e sua socialização”, afirmou a secretária de Educação, Claudicir Brazilino Picolo.
Segundo ela, ao disponibilizar as aulas, a Administração está cumprindo com sua função social e proporcionando a educação inclusiva. “Soubemos de iniciativas voluntárias que estavam sendo desenvolvidas na cidade junto a esses imigrantes e decidimos formalizar essa escolaridade, criando as classes para alfabetização”, explicou.
Claudicir destacou ainda que o contato com os haitianos tem proporcionado a vantagem da convivência cultural. “?? um desafio que nos coloca de frente com as diversidades educacionais e nos traz a possibilidade de aprendermos mais sobre outras culturas, formas de ver e interpretar o mundo. Nós estamos ensinando e ao mesmo tempo aprendendo”, finalizou.
IMIGRANTES ??? Um levantamento recente feito pela Prefeitura de Nova Odessa, através da Diretoria de Assuntos Metropolitanos, apontou que existem cerca de 400 imigrantes vivendo atualmente no município. Os dados estão sendo usados para desenvolvimento de políticas públicas de acolhimento e direcionamento dos imigrantes.
Segundo a pesquisa, o maior número de imigrantes vem do Haiti (160 pessoas) e Bolívia (119). No entanto, na cidade moram ainda pessoas provenientes de Portugal, Japão, Itália, Argentina, Chile, Paraguai, Colômbia, Alemanha, Espanha, Estados Unidos, França, China, Coreia, Cuba, México, Peru, Venezuela, Áustria, Grécia, Holanda, Inglaterra, Polônia, Estônia, Letônia, Lituânia, Gana, Serra Leoa, China e Líbano.
Segundo a Diretoria de Promoção Social, a Administração assiste alguns imigrantes através de programas sociais como o Viva Leite, Bolsa Família e cestas básicas. Eles também recebem, quando necessário, atendimentos na rede pública de saúde e nas escolas, com inserção das crianças nas unidades escolares.