Pesquisa da CNC apontou que a inadimplência chegou no menor nível dos últimos 22 meses.
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo trouxe os dados e o CEO da Monest, Thiago Oliveira, foi convidado pelo NM para repercutir quais movimentos trouxeram estes novos patamares e quais são as tendências para o futuro no curto e médio prazo.
Abaixo a entrevista feita com Oliveira.
1- A que credita esta queda?
Grande parte dessa queda, na minha visão, está ligada aos bancos e grandes financeiras terem recuado na forma e quantidade de ceder crédito. Hoje, as análises de crédito estão muito mais rigorosas e a crise financeira é um dos principais motivos. O mercado, não só de crédito mas de grandes capitais, está segurando bastante dinheiro e optando que as empresas sejam mais rentáveis, o que faz com que novas fintechs pensem muito mais no seu modelo de crédito do que atuem de forma agressiva. Além disso também temos o nível elevado da taxa Selic, que foi o principal responsável pela queda da demanda por crédito em todo o ano de 2023. Embora o juro básico tenha começado a cair em agosto do ano passado, o efeito tem um atraso de cerca de seis meses na economia. Isso tudo diminui o crédito dentro do mercado, e se há menos crédito ofertado, a taxa de inadimplência cai, porque quem solicita crédito o faz de uma forma mais consciente. Com o aumento da taxa SELIC e aumento de juros, muitas pessoas pararam de solicitar o crédito – demanda em janeiro na comparação com dezembro caiu 8%, provocado pelos fatores sazonais, conforme Índice Neurotech de Demanda por Crédito (INDC).
2- O cenário tende a se manter em 2024 e 2025?
Em 2024 esse cenário deve se manter. Já em 2025, isso dependerá muito do cenário econômico, de como o Brasil vai se recuperar em termos de economia. Se continuar como está hoje, deve manter. Caso não, pode ser que piore.
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3- A tecnologia tem hoje ajudado na educação financeira das pessoas?
A tecnologia com certeza ajuda na educação financeira e não só isso, mas também na forma de ceder crédito de uma forma mais inteligente para as pessoas e instituições. A tecnologia ajuda tanto na forma das pessoas se educarem financeiramente e terem mais acesso à conteúdos educativos, quanto para as empresas cederem crédito de uma forma educativa.
4- Como a Monest está se preparando com esse cenário?
Entendemos que esse cenário de inadimplência é um problema muito grande. Quando olhamos para o mercado entendemos que a solução nunca é sobre tirar o máximo de dinheiro do cliente em uma negociação, mas sim conseguir ofertar uma boa condição para que a negociação caiba no bolso do cliente. Uma negociação de uma dívida só acontece quando ela é boa para os dois lados e, nesse momento de alta inadimplência, o que mais precisamos fazer é entender o lado do cliente, entender as condições que cabem dentro da realidade dele para que ele honre com o pagamento. Fazer um acordo é a parte fácil, difícil é fazer com que o cliente continue pagando e honrando com o acordo. Para isso, a Monest está se preparando com tecnologia de IA e IA Generativa para identificar padrões e chegar nas melhores propostas para cada cliente, conseguindo, dessa forma, condições e acordos que possam ser honrados pelos clientes.
Sobre a Monest
A Monest é uma empresa de recuperação de ativos através da cobrança de débitos por uma agente virtual chamada Mia, conectada por inteligência artificial. Focada em alta performance e transparência, a empresa possui um sistema digital e inteligente que testa, aprende, entende e melhora as estratégias digitais de abordagem para com os devedores, além de possibilitar que as empresas acompanhem em tempo real o desempenho da recuperação dessas dívidas.
A agente virtual da Monest, a MIA, utiliza de multicanais para se comunicar com cada devedor da melhor forma, além de personalizar a comunicação conforme o negócio, aumentando a possibilidade de um devedor voltar a ser cliente. Com 5 anos de empresa e mais de 20 anos de experiência no mercado de cobranças, a empresa já negociou milhões de reais em dívidas no mercado de recuperação de ativos.
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