Inteligência em alta- O Brasil enfrenta hoje um desafio imenso no campo digital: somos o segundo país mais atacado por crimes cibernéticos, atrás apenas dos Estados Unidos. De acordo com o Panorama de Ameaças para a América Latina 2024, foram mais de 700 milhões de tentativas de ataques apenas no último ano, o equivalente a impressionantes 1.379 por minuto. Esses números preocupantes sinalizam uma necessidade urgente: as empresas brasileiras devem reforçar a proteção de seus dados e das informações pessoais dos seus clientes e parceiros.
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Nesse contexto, a Inteligência Artificial (IA) surge não só como inovação tecnológica, mas como aliada estratégica essencial.
Inteligência Artificial (IA) em debate
O tema foi amplamente debatido na conferência CPX 2025, ocorrida no início de 2025, nos Estados Unidos, que destacou importantes tendências sobre o uso de IA para fortalecer a segurança da informação em empresas ao redor do mundo. Entre os assuntos amplamente debatidos esteve a utilização da tecnologia para aprimorar a detecção de ameaças cibernéticas, permitindo que atividades suspeitas e comportamentos anômalos sejam identificados em tempo real, o que possibilita ações preventivas antes que os incidentes se tornem graves.
A conferência também reforçou a importância da abordagem adaptativa e colaborativa entre humanos e tecnologias avançadas como fator essencial para enfrentar os desafios emergentes da segurança digital. Isso porque, ao automatizar processos repetitivos e reduzir significativamente falhas humanas, os sistemas inteligentes permitem que profissionais de segurança dediquem mais tempo a tarefas complexas e estratégicas. Essa transformação não apenas melhora a eficiência operacional, mas também fortalece e amplia a proteção da organização.
Outro ponto crucial que merece atenção diz respeito à integração entre Inteligência Artificial e cibersegurança. Essa inovação possibilita simular ataques complexos e automatizar respostas imediatas a incidentes. A grande vantagem para a segurança de dados das empresas é a capacidade dessa tecnologia em oferecer testes mais robustos e uma abordagem proativa que antecipa cenários reais, garantindo maior rapidez e eficácia na resposta a ameaças cibernéticas.
Diante desse cenário, fica evidente que utilizar a Inteligência Artificial na segurança digital abre caminho para outra reflexão: à medida que criminosos cibernéticos sofisticam suas estratégias, utilizando ferramentas como deepfakes e técnicas avançadas de spear phishing, torna-se cada vez mais necessário incorporar sistemas defensivos também pautadas pela própria IA. Afinal, se a ameaça se torna mais sofisticada com o auxílio da IA, por que não utilizar a mesma tecnologia a nosso favor? Neste contexto, investir em defesas avançadas deixa de ser uma opção para se tornar uma necessidade estratégica para todas as empresas que desejam não apenas se destacar pela inovação, mas também garantir sua sobrevivência diante dos crescentes ataques cibernéticos.
Em um ambiente cada vez mais competitivo e vulnerável a ameaças, as organizações que adotarem a IA estarão mais bem preparadas para proteger seus dados e sistemas, enfrentar desafios futuros e conquistar uma vantagem determinante na era digital.
*Leandro Kuhn é engenheiro e CEO da L8 Security, empresa curitibana focada em soluções de cibersegurança.
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