FGV: JBS é a empresa brasileira que mais paga salários e mais distribui riqueza a fornecedores

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A JBS é a empresa brasileira com ações negociadas em bolsas de valores que mais distribui riqueza na forma de contratos com fornecedores e a que mais paga salário e encargos a colaboradores, apontou o estudo “A Relevância das Companhias Abertas na Economia Brasileira – Criando Prosperidade para o Brasil”, realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) para a Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) e divulgado nesta segunda-feira (1º). O levantamento ranqueou as companhias de capital aberto em vários eixos.

No pilar fornecedores, a JBS ficou em primeiro, com R$ 327 bilhões direcionados à sua cadeia de valor. De acordo com a análise, o montante reflete a natureza integrada de sua operação, que envolve milhares de produtores de grãos, animais e outras matérias-primas, além de embalagens, logística, equipamentos e serviços industriais.

No quesito pessoal (geradora de valor no trabalho), a JBS também conquistou a liderança, com mais de R$ 53 bilhões alocados para colaboradores em 2024. O levantamento detalhou ainda que o desempenho da Companhia evidencia sua intensa demanda por força de trabalho, especialmente em atividades industriais, logísticas e administrativas. No ranking que consolida a riqueza distribuída à sociedade como um todo (fornecedores, pessoal e impostos), a JBS figurou em segundo lugar.

Para Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS, os resultados do estudo reforçam o papel da Companhia como motor de desenvolvimento nas comunidades em que opera. “Nossa atuação contribui para dinamizar economias locais e ampliar oportunidades em mais de 130 municípios onde estamos presentes”, afirmou o executivo. Como líder global de alimentos, a JBS tem uma cadeia de valor ampla, que conecta a produção rural a milhões de consumidores no Brasil e no exterior. “Esse trabalho gera renda, fortalece fornecedores e confirma a relevância do setor de alimentos como vetor de crescimento para o país”, disse Tomazoni.

Para o CEO Global, o estudo da Abrasca reflete a missão da JBS, de alimentar o mundo com o fornecimento de produtos sustentáveis de alta qualidade. “Nós nos propomos a sermos os melhores no que fazemos, garantindo excelência a nossos clientes, solidez aos fornecedores, rentabilidade aos acionistas e oportunidades a nossos colaboradores”, completou.

Metodologia e resultados

Para medir quais empresas mais contribuem para a prosperidade da sociedade brasileira, a análise da FGV trabalhou com metodologia com foco na DVA (Declaração do Valor Adicionado), que considera riqueza, empregos e tributos. Para que as comparações entre as empresas fossem justas, a FGV criou uma taxonomia inédita com 14 setores.

O estudo incluiu ao todo 270 companhias abertas, depois de aplicar filtros técnicos e econômicos a um universo inicial de 372 listadas. O levantamento resultou em rankings “Top 15”, divulgados por pilar e por setor.

Em 2024, as companhias analisadas responderam por R$ 2,1 trilhões em valor adicionado bruto (VAB), que corresponde à riqueza total criada pela produção de bens e serviços menos os insumos utilizados. Esse montante foi equivalente a 17,1% do PIB brasileiro. No total, esse grupo respondeu por R$ 4,1 trilhões em riqueza distribuída à sociedade. Especificamente, R$ 3 trilhões foram gerados para fornecedores.

Além disso, no ano passado, as companhias analisadas empregaram diretamente 2,8 milhões de pessoas e pagaram R$ 475,3 bilhões em salários, benefícios e previdência. Do ponto de vista fiscal, o grupo transferiu R$ 639,6 bilhões em impostos, que financiam serviços públicos. Esse valor representou 23% de toda a arrecadação empresarial do país em 2024.

 

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