Os avanços da Lava Jato tendem a reduzir muito o potencial de eleição dos nomes ditos tradicionais para as eleições presidenciais de 2018. O peso da operação é tão grande que um assunto morreu- as prévias ou disputas internas dos principais partidos- e outro vira e mexe vêm à tona- teremos mesmo a eleição?
Lula (PT- mais) e os nomes principais do PSDB (Alckmin, Aécio e Serra- menos) devem ter seus nomes reiteradamente lembrados ao longo do ano. Isso os torna bem próximo de inviáveis para o pleito vindouro. Ainda que muito forte, Lula tem o depoimento do dia 3 de maio para ser mais um ponto de definição. Estofo eleitoral, é o único que ainda tem.
Tucanos fora e Lula também, o que sobra? A novidade e a marginália do poder. Como novidade podemos ter Dória- que corre o risco de ter o ônus de ser tucano e ainda o fim da lua de mel na espinhosa prefeitura de São Paulo. Mas ainda podem surgir Justus e Hucks pelo caminho.
Jair Bolsonaro vaga entre a novidade e a marginália do poder. Tem fãs, mas teto muito baixo- apesar de que votação de 15% pode jogá-lo no segundo turno em 2018.
?? esquerda vêm os marginais do poder da última década- Ciro Gomes (PDT) e Marina Silva (Rede). Claro está que a sigla partidária pouco lhes importa (e isso ajuda bem).
No finíssimo fio que está pendurada a trintona democracia brasileira se penduram estes nomes. Mas como lidar com um país que há quatro anos se levantou e não sabe agora para onde quer ir?