A longevidade de uma pessoa depende de onde ela mora, em
linhas gerais. Enquanto a população do Japão, lugar mais longevo do mundo,
chega aos 83 anos, os habitantes da República Centro-Africana não sobrevivem
por mais de cinco décadas.
O indicador é um bom parâmetro da qualidade de vida
de um local, diz o médico Rafael Lozano, da Universidade de Washington, nos
Estados Unidos O pesquisador é um dos autores do trabalho que avaliou
parâmetros e estatísticas país por país e apresentou como o tempo de vida deve
evoluir até 2040. A tendência é que os espanhóis, atualmente os quartos
colocados, ultrapassem os japoneses na liderança do ranking num futuro próximo.
Enquanto as primeiras posições são ocupadas por europeus e
asiáticos, os últimos lugares ficam com a África. A diferença na expectativa de
vida entre os continentes supera os 30 anos. Na 81ª colocação, o Brasil fica
atrás de El Salvador e Venezuela e na frente de Lituânia e Romênia. A
expectativa de vida por aqui deve aumentar três anos e três meses até 2040.O estudo calculou o melhor e o pior cenário para cada país.
Se der certo e o Brasil evoluir bastante, podemos alcançar 82,6 anos em 2040 ???
um salto incrível de mais de sete anos. 
Agora, caso dê tudo errado, a tendência
é da retratação para 74,9 anos, três meses a menos do que desfrutamos hoje em
dia. Para que as pessoas comemorem cada vez mais aniversários, é
preciso investir pesado em educação e saúde. Também é necessário ter respostas
organizadas diante de eventos de grande impacto, como choques demográficos,
epidemias ou fome, exemplifica Lozano. As autoridades ainda precisam ficar de
olho nas doenças crônicas que estão em crescimento, caso da hipertensão e do
diabetes.