Luan, do Corinthians, e queixa a torcedores

Leonardo Pantaleão, especialista em Direito Penal, explica que crime de constrangimento ilegal é de “ação pública” e independe de boletim de ocorrência
por parte do atleta

Agredido na madrugada da última terça-feira (4) por torcedores em motel na capital paulista, o meia Luan do Corinthians não prestou queixa na polícia até o momento, muito menos discutiu seu futuro no clube.

Mesmo se decidir por não registrar um boletim de ocorrência, os torcedores que agrediram o atleta não devem ficar impunes. De acordo com o advogado e especialista em Direito Penal, Leonardo Pantaleão, os torcedores podem ser enquadrados em dois tipos de crimes, um deles, o crime de constrangimento ilegal. “Como se trata de um crime de ação penal pública, ele independe do boletim de ocorrência lavrado por Luan”, explica.

Quanto à abertura de inquérito para crime de lesão corporal, Luan precisaria comparecer à delegacia e formalizar a ocorrência. “Por ser crime de lesão corporal leve, esse sim dependeria da iniciativa do jogador”, acrescenta o especialista, que também ressalta que o atleta pode processar civilmente o motel por não ter impedido os torcedores de agirem contra sua integridade física. “Já o motel pode fazer uma ação de regresso contra os agressores assim que identificados, para que paguem um eventual resultado financeiro negativo que o estabelecimento venha a sofrer por conta de uma ação indenizatória”.

Luan (Corinthians) nem precisa prestar queixa contra torcedores

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Em relação ao Corinthians, o clube não pode ser acionado, na visão do especialista. “O jogador não estava em horário de trabalho, logo, o clube não está encarregado de fazer a fiscalização e a proteção dele fora dos horários de trabalho. Se isso tivesse acontecido dentro do CT, no horário de treinamento, aí seria outra história, mas na vida particular, em hipótese alguma o clube pode ser responsabilizado por conta disso”.

Sobre a Fonte:

Leonardo Pantaleão, advogado e professor, com mestrado em Direito das Relações Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Doutorado na Universidad Del Museo Social Argentino, em Buenos Aires e Pós-graduado em Direito Penal Econômico Internacional pelo Instituto de Direito Penal Econômico e Europeu (IDPEE) da Universidade de Coimbra, em Portugal.

 

 

Após erro médico, Miss Palmeiras Ketlen Silva fica com cicatriz no bumbum

A modelo e influencer Ketlen Silva, de 28 anos, conta que encontrou no concurso Miss Copa do Brasil uma chance de “recuperar a autoestima” após ser vítima de um erro médico que a deixou com uma cicatriz enorme e irreversível no bumbum.

Há cerca de um ano e meio, ela procurou um cirurgião plástico renomado em Minas Gerais para fazer uma lipoaspiração e saiu da clínica com uma “marca que a acompanhará para sempre”.

“Saí do hospital sentindo dores horríveis e o médico não explicou por que fiquei com uma queimadura no bumbum. A pele ficou bem vermelha e uns três dias depois começou a infeccionar. Ficou em carne viva. Essa marca vai me acompanhar para sempre”, lamenta.

Após o procedimento, Ketlen explicou que ficou com uma mancha no bumbum e que alguns dias depois o local começou a necrosar. Foi então que teve que voltar ao médico para nova consulta e uma intervenção de urgência.

“Foi um erro médico, ficou horrível. Até hoje não sei direito o que aconteceu. Tive muitas complicações. Quando mostrei ao médico, ele disse que teria que fazer uma incisão para retirar um nódulo e tratar a infecção. Fiquei em pânico, parecia um pesadelo. Fiquei triste, tive depressão durante todo esse tempo”, conta.

A modelo agora vai passar por um intenso tratamento que promete “amenizar a marca”. A cicatriz de 10cm que carrega em uma das nádegas, no entanto, nunca vai desaparecer por completo.

Após toda essa “turbulência emocional”, ela decidiu aceitar o convite para participar do concurso Miss Copa do Brasil. Ela representa o Palmeiras na competição. A principal intenção, segundo ela, é “resgatar o amor-próprio”: Ketlen ainda vai disputar o Miss Bumbum Brasil, mesmo depois de tudo.

“No ano passado fui convidada, mas neguei por conta dessa cicatriz. Estava deprimida. Agora aceitei participar de tudo porque acho que é uma ótima maneira de mostrar que nós, mulheres, podemos ser guerreiras, bonitas, e renascer apesar de todas as adversidades. Foi um trauma que eu espero que sirva de alerta para todas as mulheres. Estou aceitando o meu novo corpo e resgatando a autoestima”.

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