Familiares de um menina de um ano e seis meses, com suspeita de dengue hemorrágica, acusam um pediatra do Hospital São Francisco, em Americana, de recusar atendimento, fazendo com que a criança ficasse quase 12 horas sem medicação.
Segundo a mãe – que não quis ser identificada, a menina deu entrada na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do São José, mas as enfermeiras da unidade não estavam conseguindo localizar a veia para aplicar a medicação.
A mãe e uma funcionária da UPA- que também não quis ter o nome revelado – afirmam que foi pedido para que o pediatra, que deveria ficar a disposição para emergências à distância, fosse até o hospital para atendê-la lá.
No relato dos familiares, a menina estava com as plaquetas baixas há 15 dias e com manchas roxas pelo corpo. A funcionária da UPA disse que as enfermeiras que estavam no local não conseguiam encontrar as veias da criança.”Com ela aqui na UPA, entraram em contato com o pediatra para ele ir colocar o cateter na menina lá no São Francisco, mas ele se recusou a ir, não quis sair de casa. Ela ficou a noite inteira sem medicação”, relatou a funcionária.
Ontem de manhã, por volta das 9h, a menina conseguiu uma vaga no Centro Infantil Boldrini, em Campinas. De acordo com sua mãe, que também pediu para não ser identificada, ainda não foi possível um diagnóstico. “A distância que eu tive que percorrer para salvar a minha filha, é por Deus que ela está viva”, disse.
O OUTRO LADOA assessoria de imprensa da Prefeitura de Americana afirmou que não existe nenhum esquema de plantão em que o pediatra tenha que sair de sua casa para atender um paciente. “O médico em questão só atua na enfermaria e no hospital São Francisco, e não na UPA. Os únicos internados que ele atende são do próprio hospital”. Segundo a assessoria, a secretária de Saúde, Mirela Povinelli, vai apurar como foi realizado o atendimento em questão. TODODIA