Preso na última segunda-feira (29) pelo assassinato de uma mulher que estava desaparecida desde a última quinta (24), Leandro Domingos da Silva se entregou à polícia por medo do Primeiro Comando da Capital (PCC). O criminoso procurou a corporação e confessou a autoria do assassinato em São Paulo depois de ficar sabendo que integrantes da facção o procuravam para submetê-lo ao “tribunal do crime”.
Entenda o caso: Sheila Lisboa, de 38 anos, ficou três dias desaparecida, após deixar sua residência na quinta-feira para assistir à estreia do Brasil na Copa do Mundo, contra a Sérvia, em uma tabacaria da região. Sem notícias da familiar, uma sobrinha da vítima registrou boletim de ocorrência em uma delegacia da região no sábado.
Primeiros indícios Testemunhas relataram que Sheila, de fato, acompanhou o jogo no comércio ao lado de outras pessoas. Após a partida, todos foram embora, menos ela e Leandro.
Pós-jogo na casa do suspeito A investigação policial descobriu que Sheila seguiu para a casa do segurança após a partida, onde continuaram ingerindo bebidas alcoólicas junto de dois amigos do rapaz.
Os dois amigos, em depoimento, confirmaram que estiveram com a mulher e que ela seguiu na residência de Leandro depois que eles foram embora.
Investigação de parentes Familiares da vítima descobriram a identidade do suspeito e seu endereço, uma casa alugada onde vivia no bairro Cidade Ademar, na Zona Sul de São Paulo.
Eles entraram em contato com o proprietário do imóvel e receberam autorização para adentrar o local, onde encontraram Sheila, nua e sem vida, dentro do baú de uma cama, no último domingo (27).
Entrega e confissão Leandro não estava no local e foi dado como foragido após a descoberta do corpo. Segundo familiares, ele ficou sabendo que era procurado pela polícia e também pelo PCC. Com medo de ser localizado pela facção criminosa, o suspeito entrou em contato com a polícia e indicou um ponto de táxi na cidade de Itaquaquecetuba, onde se entregou. Leandro foi preso e levado para uma delegacia, onde foi autuado pelo crime. Um mandado de prisão temporária foi expedido contra ele.