O menininho encontrado no barril, torturado e subnutrido, vem recebendo acolhimento e tratamento e já mostra sinais de recuperação.
Abaixo texto do professor e ativista James Ribeiro, de Santa Bárbara d’Oeste, analisando a condição humana.
Não sabemos como, nem quando, ele conseguirá entender a maldade humana. O tamanho da fundura que vai ter no peito, os traumas, o desespero que passa para além do corpo físico.
A sociedade doente, racista, maldosa, faz mais uma criança de refém (quando não os mata, com direito a tiro na cabeça). Mas nossos ancestrais, fortes que são, não os desamparam.
Enquanto uns ficam pensando em como resolver questões de cancelamento em reality show, eleições pra presidência da Câmara evitam um impedimento. Enquanto o preço do arroz, da carne, da gasolina sobe nas alturas, gente gasta nossa grana com leite condensado, barra cereais e chiclete. Enquanto a gente tá vivendo, tem um punhado de gente que mal sobrevive.
E embaixo nos nossos narizes, nossas crianças vão se definhando. Aninhados em lugares inóspitos, exigidos a viver com essa gente, ser chamado de lar.
E a gente, nunca saberá o que será da cabeça dessa criança agora.
A gente precisa de amor, mas vocês nos ensinam a ter ódio, indiferença, raiva. Mas a gente precisa de amor… Martela todo dia em nós, como um mantra.
É que ser forte todos os dias, não é tarefa fácil. Mas a gente precisa ser. Ele, uma criança.
Tá melhorando, mas precisa muito, mas muito de carinho, amor e tratamento.