Ainda pouco lembrado no meio esportivo, o parkour é uma atividade que possui mais de 200 mil adeptos no mundo e pode trazer diversos benefícios — sobretudo para a saúde — além de ser fortemente desafiador, estimulando a expressão individual de quem pratica.

Segundo a ParkourUK, uma organização governamental britânica, o parkour é uma disciplina de treino físico não-competitiva, voltada para a movimentação livre em qualquer tipo de terreno, cheio de obstáculos no percurso e usando apenas habilidades do corpo, como corrida, saltos, escaladas e movimento quadrupedal.

Pelo fato de ter pouca fundamentação teórica, com fraca produção científica em termos acadêmicos, a modalidade encontra dificuldade em ser categorizada. Inclusive, o parkour não é tido oficialmente como um esporte competitivo.

Mesmo diante desse cenário, existem alguns campeonatos internacionais importantes da modalidade, entre eles o Air Wipp Challenge, da Suécia, o Jump Off, da Austrália, e os norte-americanos USA Parkour Cup e North American Parkour Championship, por exemplo. Algumas entidades, inclusive, trabalham para que o Parkour se torne um esporte olímpico.

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Origem

O termo surgiu na França, em 1980, conhecido como Le Parkour, que significa “o percurso” — tradução livre da palavra “parcour”. Dois amigos franceses, David Belle, ginasta cujo pai foi combatente na Guerra do Vietnã, e Sébastien Foucan, ator e esportista, são os criadores da modalidade. Na época, inspirados nas técnicas de salvamento e fugas de emergência usadas pelos bombeiros, eles começaram a praticar o parkour nas ruas de Paris.

No Brasil, o parkour chegou em 2004, quando os primeiros vídeos de estrangeiros apareceram na internet. No ano seguinte, para promover a modalidade no país, foi criada a Associação Brasileira de Parkour (ABPK). Em 2008, surgiu o primeiro curso nacional.

 

Prática

Em meio aos espaços urbanos, em geral, os obstáculos são escadas, muros, muretas, telhados, barras, vãos e paredes. Os movimentos foram adaptados do método natural de educação física de Georges Hébert, vindo do treinamento militar francês.

Há as academias de parkour, onde o percurso é totalmente projetado para a atividade, com maior segurança para os praticantes, que são chamados de traceurs (masculino) ou traceuses (feminino), termos em francês que significam “marcadores de rota”. Nas competições, existem as categorias speed-run, que foca no menor tempo de prova, e freestyle, que prioriza a performance e a criatividade dos movimentos.

A prática do parkour não exige nenhum material específico, sendo necessário apenas que as roupas não limitem os movimentos do corpo. Atualmente, com as tecnologias disponíveis no mercado, uma recomendação feita pelos adeptos é usar um calçado esportivo, como o tênis Nike Air Max, por exemplo, por conta da sua capacidade de amortecimento. Munhequeiras podem ajudar a proteger os punhos, mas não são obrigatórias.

Além de promover a interação social, já que pode ser praticado em grupo, o parkour traz uma série de benefícios para a saúde, tanto mental quanto física. Principalmente, a melhora do equilíbrio, da coordenação motora e do condicionamento físico, aumento da sensação de bem-estar, ganho de agilidade, diminuição de estresse e ansiedade, fortalecimento da musculatura, desenvolvimento da capacidade cardiorrespiratória e elevação dos níveis de concentração.

Mesmo não oficializado como esporte, parkour tem milhares de adeptos e traz benefícios à saúde

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