Após as festividades do Natal, as vitrines do comércio já se preparam para uma das principais tradições do consumidor brasileiro: passar a virada de ano com roupa nova. Um levantamento feito em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revela que quase metade (47%) dos brasileiros que vão comemorar o ano novo pretendem comprar alguma peça de roupa para festejar a chegada de 2019. Os gastos com essas compras e também com as comemorações do Réveillon, como viagens e ceia, deverão ser, em média, de R$ 290,96, embora 44% ainda não tenham se decidido a respeito de valores.
Para os supersticiosos, a cor da roupa também é um detalhe a ser levado em consideração. Em cada dez compradores, seis (61%) garantem que haverá uma cor predominante na roupa nova a ser usada na celebração de Ano-Novo, sendo que o tom preferido será o branco, com 59% de menções. O amarelo, que para muitos simboliza dinheiro, será opção de 12% dos entrevistados e o azul, que representa a serenidade e harmonia, é a escolha de outros 10%. Completam o ranking as cores dourado (5%), preto (4%) e vermelho (3%).
Na avaliação da economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti, a última semana do ano pode levar muitos brasileiros de volta às lojas e impulsionar o comércio com as compras de roupas e produtos para o Ano-Novo. “Os dias seguintes ao Natal são um período em que muitos consumidores realizam a troca de presentes que não serviram ou que não gostaram. Dessa forma, os varejistas podem aproveitar esse momento para atrair a atenção dos clientes para novas compras. Mesmo com a crise, o brasileiro sempre dá um jeito de manter viva a tradição de começar um novo ano vestindo uma peça diferente”, afirma a economista.
O educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, alerta que para não desequilibrar o orçamento, o consumidor deve estipular um valor que esteja dentro de sua capacidade financeira. “Comemorar o Ano-Novo vestindo uma peça diferente é um ritual importante para muitas pessoas porque simboliza o espírito de renovação, mas se não houver um planejamento, as finanças podem ficar prejudicadas. Para quem também for festejar, uma dica que vale é dividir os gastos com todos os convidados, assim a festa fica financeiramente acessível para todos”, orienta. 
A pesquisa também mostra que 85% dos consumidores já decidiram onde pretendem comemorar a chegada de 2019. A maior parte deve passar o Réveillon na própria casa (29%), mas 23% planejam celebrar a ocasião na casa de familiares ou amigos e 14% pretendem viajar. “Além do comércio, o setor de serviços ligado ao lazer também pode encontrar boas oportunidades para obter receita na época de Ano-Novo, já que pode oferecer pacotes e promoções em viagens de turismo, passeios e hospedagem para os consumidores que viajam”, afirma a economista Marcela Kawauti.