O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Gianpaolo Smanio, denunciou ao Tribunal de Justiça o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), ex-presidente da Assembleia Legislativa, e mais oito alvos da Operação Alba Branca.
O deputado Capez negou as acusações da Promotoria. “O que não existe não pode ser provado. Procurem ler a denúncia e acompanhar as provas”, afirmou. “Finalmente, vou poder demonstrar o abuso dessa investigação perante a Justiça. Irresponsabilidade é o mínimo que podemos dizer disso.”
A investigação foi deflagrada em janeiro de 2016 contra desvios no fornecimento de merenda escolar. A Capez são atribuídos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Smanio cobra R$ 2.279.857 – o valor equivale ao dobro da propina que teria sido destinada a Capez, a lobistas e a um representante comercial da Coaf (Cooperativa Orgânica Agrícola Familiar). A cooperativa, em Bebedouro (SP), é apontada como centro das fraudes. O deputado tucano nega as acusações.
A denúncia afirma que a propina paga a Capez, as comissões repassadas a lobistas da chamada máfia da merenda e ao representante comercial da Coaf “alcançaram ao menos o patamar de 10% do valor dos contratos administrativos – R$ 11.399.285 – celebrados entre a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e a cooperativa”.