Maria da Conceição Tavares, das principais referências do Brasil em economia

morreu neste sábado (8) aos 94 anos. Figura-chave para o pensamento desenvolvimentista nacional, foi professora titular do Instituto de Economia (IE) da Unicamp e professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Rio de Janeiro – A economista Maria da Conceição Tavares esteve com lideranças femininas de movimentos sociais e sindicais defendo o governo da presidenta Dilma Rousseff, em ato (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Economista, matemática e escritora, Conceição Tavares nasceu em Portugal, migrando ao Brasil em meados da década de 1950, pouco antes de Juscelino Kubitschek assumir a presidência do país.

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Foi durante esse governo que participou da elaboração do Plano de Metas, passando posteriormente pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal).

Ocupou,ainda, o cargo de deputada federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT), entre 1995 e 1999.

Conceição Tavares escreveu livros fundamentais para a compreensão do Brasil, influenciando uma geração de economistas e políticos brasileiros de renome como Dilma Rousseff, Luiz Gonzaga Belluzzo, Luciano Coutinho e José Serra.

Consolidou renomada carreira acadêmica, com reconhecimento internacional, tendo sido indicada como uma das quatro mulheres entre os cem economistas heterodoxos mais importantes do mundo – a única a ser selecionada da América Latina pela publicação A biographical dictionary of dissenting, responsável pela elaboração da lista em 2000.

Mais recentemente, em 2019, a professora foi tema do documentário Livre Pensar, de José Mariani, que reúne depoimentos, imagens de arquivo e fotos para narrar a biografia da economista, uma das vozes mais ativas da esquerda intelectual brasileira. Foi também vencedora do Prêmio Jabuti em 1998, na categoria Economia.

 

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