Não é novidade que o Brasil está entre os países que praticam uma das maiores cargas tributárias do mundo. Segundo um estudo recente divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o país ocupa o segundo lugar no índice de impostos e tributos, correspondendo a 36,3% do Produto Interno Bruto (PIB). A Argentina, que lidera o ranking, paga 37,3%.
Além dos altos impostos, o país deixa de receber investimentos por conta da burocracia, da instabilidade jurídica e da dificuldade que as empresas encontram em cumprir com as exigências do governo. O resultado é a perda de competitividade, a migração dos polos industriais e o aumento na taxa de desemprego. Contudo, uma mudança no modo de cobrança dos impostos brasileiros para as empresas promete aumentar o número de contratados no país, mas suas aplicações têm provocado discussões no judiciário.
Na prática, a mudança permite que as empresas não paguem mais impostos nas contratações de novos funcionários, uma alternativa aos impostos recolhidos sobre a folha de pagamentos.
Com a medida, o governo espera um aumento na contratação de pessoas, uma vez que o impacto na tributação será menor. As discussões no judiciário, entretanto, giram em torno do aumento nos gastos das empresas.