A atriz Norma Bengell morreu na madrugada desta quarta-feira, aos 78 anos, vítima de problemas respiratórios causados por câncer no pulmão. Ela estava internada no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) do Hospital Rio-Laranjeiras, do Rio de Janeiro. De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, amigos informaram que Norma estava lúcida, embora tivesse dificuldades para reconhecer algumas pessoas.
O corpo de Norma Bengell será velado no Cemitério São João Batista, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, a partir das 18h. A atriz será cremada quinta-feira, às 14h, no Cemitério do Caju.
Carreira – Considerada uma das principais atrizes do Cinema Novo brasileiro, Norma Bengell protagonizou o primeiro nu frontal da cinematografia nacional, no filme Os Cafajestes, dirigido em 1962 por Ruy Guerra. No início de carreira, ela fez comédias de chanchada, como O Homem do Sputinik (1959), de Carlos Manga e protagonizada por Oscarito.
No cinema, trabalhou ainda com Walter Hugo Khouri (Noite Vazia), Julio Bressane (O Anjo Nasceu), Paulo Cézar Saraceni (A Casa Assassinada), Glauber Rocha (A Idade da Terra). Sua presença sedutora encantou também a crítica internacional, como a conceituada revista francesa Cahiers du Cinema.
Como diretora, Norma fez Eternamente Pagu, em 1977 e O Guarani, em 1987, quando foi acusada de irregularidades na prestação de contas da produção. Seu último trabalho como diretora foi o documentário Infinitamente Guiomar Novais (2003).