Antes de faltar um programa, de faltar um modelo, de ter que explicar melhor que tipo de desenvolvimento quer, Marina Silva e a Rede precisam de firmeza, daquilo que os alemães chamam de RealPolitik. Falta um Sério Motta ou um Zé Dirceu para mostrar ao grupo quem é que manda.

O ???número 2??? ou ???operador político??? da rede precisa ter traquejo, conhecer os meandros da política nacional e conseguir operar com as demandas dos agentes. Mesmo que vença em 2014, Marina vai ter que tratar com o Congresso já totalmente viciado. Lula teve que engolir os 300 picaretas e quase foi engolido por não saber tratar com a patota. Seu capo ???rodou??? na história.
Ganhar o executivo não significa levar no Legislativo e o custo do ???pagar pra ver??? pode ser alto.

Sem um ou mais agentes já, Marina corre o sério risco de reforçar a imagem de que sua candidatura é mais pra inglês ver do que algo sério. E a ex-verde e agora pescadora parte desta vez com um belo arranque de 19 milhões de votos. A tarefa agora é convertê-los em poder de negociação e de possibilidade real de vitória.