O dono da empresa Sancetur, responsável pelo transporte público da cidade de Americana, Marco Antônio Chedid, esteve nesta quinta-feira na Câmara de Americana e falou que a empresa não tem lucro e que pediu aumento no subsídio repassado pela prefeitura.

Atualmente, o subsídio repassado à empresa depende do número de passageiros transportados e tem o teto de até R$150 mil. Quando anunciado, a prefeitura afirmou que o subsídio era para que não houvesse o aumento na tarifa, prevista na época para ser R$5,40. Com o repasse por parte do poder executivo, o valor praticado hoje é de R$4,70.

Chedid recebeu questionamentos de todos os vereadores em uma longa discussão sobre a qualidade do transporte no município. Os vereadores afirmaram que foram pegos de surpresa uma vez que a o requerimento solicitando a participação da empresa na sessão havia sido apresentado em dezembro de 2021 e não houve confirmação de uma data para a presença dos representantes na sessão. A visita “surpresa” não permitiu que os vereadores se preparassem para os questionamentos.

O empresário também afirmou que os trabalhos da empresa foram prejudicados pela pandemia. Segundo ele, houve uma redução no número de passageiros após a crise da Covid19. O que antes, em média, era de 32 mil passageiros transportados, durante a pandemia o número foi reduzido para aproximadamente 18 mil. Chedid ainda afirmou que em 2019 foram transportados 9 milhões de passageiros e em 2021, 4,5 milhões.

PREFEITURA. Em relação ao pedido de Chedid para o aumento do subsídio, a prefeitura afirmou que está estudando a possibilidade, mas que depende da saúde financeira do município.

ÂNIMOS EXALTADOS. Por vezes Chedid e o vereador Gualter Amado (Republicanos) bateram bota e alteraram a voz durante os questionamentos. Foi necessário a intervenção e “questão de ordem” dos colegas para que a discussão voltasse para o âmbito técnico da questão. A troca de farpas entre os dois foi vista por alguns parlamentares como política.