O ex-deputado federal Roberto Freire deixou a presidência do Cidadania,
partido do qual estava no comando há 31 anos. A saída ocorre após disputa entre a direção da sigla sobre aderir ou não à base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional. Freire era contrário à ideia, mas a maioria dos diretores aprovou a medida.
A grande força regional do partido é o deputado estadual Dirceu Dalben e o prefeito de Sumaré Luiz Dalben. O partido ainda tem vereadores na cidade. A coligação com o PSDB- feita em federação- deve ser motivo de disputa em várias cidades.
Em Americana, o partido é comandado pelo secretário de Habitação e vereador afastado Luiz da Rodaben. Na cidade, o nome mais forte da Federação é o ex-deputado Vanderlei Macris (PSDB), cotado para vir candidato a prefeito no ano que vem.
Em nota enviada à Executiva Nacional do partido no domingo (10/9), Freire frisou que sua saída é “irrevogável”, e disse ter sido fiel aos seus princípios e aos do partido. Ele foi afastado da direção do Cidadania, pela própria sigla, no sábado (9).
“Comunico minha saída da direção nacional. Desnecessário dizer que é irrevogável. Encerro, assim, uma longa vida neste partido, o único desde o PCB [Partido Comunista Brasileiro] nos idos de 1962 do século passado”, escreveu Freire. “Com a certeza de ter contribuído para a sua bela história, de forma honrada e digna, saio ressaltando os homens e as mulheres que deram a vida e respeito ao partido. Penso ter honrado a todos eles, travando o bom combate até o fim”, acrescentou.
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O atual Cidadania surgiu do antigo PCB, conhecido como “partidão”, do qual Freire era integrante. Ele chegou a concorrer a presidente da República pelo PCB em 1989, primeira eleição presidencial direta após a redemocratização.
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