Raquel Pacheco, mais conhecida como a ex-prostituta Bruna Surfistinha, rebateu as declarações do Presidente da República, Jair Bolsonaro, de que não pode “admitir que com dinheiro público se façam filmes (como esse)”, mencionando o longa “Bruna Surfistinha”, lançado em 2011 com Deborah Secco no papel principal.
Raquel, que trabalha DJ e oferece um serviço on-line de consultoria sexual, classificou a fala do presidente como “infeliz” e disse que ele “deveria cuidar da moral da própria família”.
“Sobre mais uma infeliz declaração do Bolsonaro, eu digo que ele, antes de fazer juízo de valor sobre os outros, ele deveria cuidar da moral da própria família, e ainda do nosso país. Afinal, ele está cuidando demais do que não precisa e fazendo pouco do dever dele principal, que é ser presidente”, disse ela.
O filme “Bruna Surfistinha’ é baseado no livro “O doce veneno do escorpião”, lançado por Raquel em 2005, e levou mais de 2 milhões de pessoas aos cinemas brasileiros.
A declaração de Jair Bolsonaro foi feita durante a solenidade de 200 dias de governo, realizada na última quinta-feira, em Brasília. Na ocasião, o presidente aproveitou para manifestar também sua intenção de mudar a sede da Agência Nacional do Cinema (Ancine) do Rio para a capital federal.
Nesta sexta-feira, Bolsonaro participou de evento numa igreja evangélica em Brasília, e foi foi questionado se já tinha assistido ao filme. “Eu não, pô! Vou perder tempo com Bruna Surfistinha? Tenho 64 anos de idade”, respondeu o presidente.