Desde 2011, os passageiros do transporte coletivo de Nova Odessa não tinham reajuste na tarifa. Porém, diante da crise econômica nacional, a empresa responsável pela prestação do serviço solicitou o reajuste, invocando previsão nesse sentido existente no contrato, e, a partir da zero hora de domingo, o bilhete do transporte coletivo passa a custar R$ 2,70.A tarifa em Nova Odessa é composta pelo valor pago pelos usuários, mais o subsídio custeado pela Prefeitura. Atualmente, os passageiros pagam R$ 2,30 e a Prefeitura subsidia com R$ 2,41. O custo total da tarifa é de R$ 4,71.A empresa solicitou o aumento para R$ 6,19. De acordo com o diretor de Transportes, André Faganello, o valor não foi aceito por superar o repasse da inflação. “A Secretaria de Finanças apontou que a inflação do período, de acordo com o IPCA, foi de 9,8%. Autorizamos então o reajuste de 8,5% no valor total”, explicou.O contrato de concessão para exploração do transporte coletivo foi assinado em 2011. Quando foi assinado, o valor total da tarifa era de R$ 4, sendo R$ 2,30 custeados pelo passageiro e R$ 1,70 subsidiado pelo município. Em 2014 a empresa solicitou reajuste. A tarifa total passou então a R$ 4,71, sendo que o reajuste de R$ 0,71 foi completamente absorvido pela Prefeitura, sem alteração para o usuário.Neste ano, com o avanço da inflação e a crise econômica que provocou queda de arrecadação, a administração não tem condições financeiras para absorver novo aumento. “Pela primeira vez em cinco anos os passageiros terão um reajuste. A empresa nos apresenta planilhas e dados que apontam a necessidade de aumento de tarifa, mas consideramos que o valor solicitado por eles inicialmente é inviável. Com os estudos de preços feitos pelo Município autorizamos um percentual abaixo da inflação, porém, mesmo assim, infelizmente dessa vez a prefeitura não pode absorver mais esse custo”, explicou Faganello. “Mas também não podemos deixar a população sem transporte, já que a empresa informou que, sem reajuste, teria que adotar outras medidas para reduzir custos, como a possível redução no número de linhas”, completou.