Os pedidos de falência cresceram 58% em agosto, na comparação com julho, segundo dados com abrangência nacional da Boa Vista. As falências decretadas, por sua vez, aumentaram 88%, enquanto os pedidos de recuperação judicial subiram 41,3%. Na comparação mensal, somente o indicador de Recuperações Judiciais Deferidas apresentou queda (-10,7%).

Já no acumulado em 12 meses (setembro de 2018 até agosto de 2019 em relação aos 12 meses anteriores), os pedidos de falência ainda recuam (-8,6%). Mantida a base de comparação, as Falências Decretadas, Pedidos de Recuperação Judicial e Recuperações Judiciais Deferidas também diminuíram (-8,3%, -15,1% e -11,9%, respectivamente).

De acordo com os resultados acumulados em 12 meses, portanto, ainda se observa a continuidade da tendência de queda nos pedidos de falência e recuperação judicial. Esse movimento está atrelado à melhora nas condições econômicas desde 2017, que permitiu às empresas apresentarem sinais mais sólidos nos indicadores de solvência.

A continuidade desse processo, entretanto, está condicionada à evolução da atividade econômica nos próximos períodos.

Os pedidos de falência e recuperação judicial, por exemplo, apresentaram alta em agosto tanto na comparação com julho quanto em relação a agosto do ano passado. No caso dos pedidos de falência, trata-se da segunda alta consecutiva nestas bases de comparação. Contudo, ainda não é possível falar em mudança de tendência.

A situação financeira das empresas, de maneira geral, segue positiva, mas pode ser afetada pela lenta recuperação da atividade econômica. A redução das taxas de juros e a liberação dos recursos do FGTS, com impactos positivos esperados sobre as vendas, por outro lado, devem dar novo fôlego para o segmento empresarial.