O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil caiu 0,2%

no quarto trimestre deste ano frente ao trimestre anterior. Com isso, a economia brasileira fechou 2022 com expansão de 2,9%. O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a R$ 9,9 trilhões em valores correntes, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (2).

Na comparação com o quarto trimestre do ano retrasado, o crescimento do PIB foi de 1,9%.

O número do quarto trimestre ficou em linha com do esperado. As expectativas do consenso Refinitiv eram de queda de 0,2%. Já ante o mesmo trimestre de 2021, o resultado de 1,9% ficou abaixo dos 2,2% esperados.

Ainda segundo o IBGE, o PIB per capita alcançou R$ 46.154,6 em 2022, um avanço real de 2,2% ante o ano anterior.

A taxa de investimento em 2022 foi de 18,8% do PIB, enquanto o registrado em 2021 foi de 18,9%. Já a taxa de poupança foi de 15,9% (ante 17,4% em 2021).

A Agropecuária cresceu 0,3% no trimestre e os Serviços avançaram 0,2%, enquanto a Indústria variou -0,3%.

Em relação ao 4º trimestre de 2021, o avanço de 1,9% no último trimestre de 2022 representou o oitavo resultado positivo consecutivo.

PIB cresce 2,9% em 2022 com final em baixa

PIB cresce 2,9% em 2022 com final em baixa

 

Nessa base de comparação, foram registradas altas nos Serviços (3,3%) e Indústria (2,6%), enquanto Agropecuária caiu 2,9%.

Houve aumento de 3,0% no Valor Adicionado a preços básicos e de 2,1% no volume dos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios.

O resultado do Valor Adicionado nesta comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (-1,7%), Indústria (1,6%) e Serviços (4,2%).

A queda do Valor Adicionado da Agropecuária no ano  decorreu do decréscimo de produção e perda de produtividade da atividade Agricultura, que suplantou as contribuições positivas das atividades de Pecuária e Pesca.

Na Indústria, o destaque positivo foi o desempenho da Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (10,1%), que teve bandeiras tarifárias mais favoráveis ao longo de 2022. A Construção (6,9%) também registrou crescimento.

As Indústrias de Transformação (-0,3%) tiveram desempenho negativo, causado principalmente pela queda da metalurgia de metais ferrosos; produtos de metal; produtos químicos; produtos de madeira e de borracha e plástico. As Indústrias Extrativas caíram 1,7% devido à queda na extração de minério de ferro.

 

Todas as atividades dos Serviços tiveram crescimento: Outras atividades de serviços (11,1%), Transporte, armazenagem e correio (8,4%), Informação e comunicação (5,4%), Atividades imobiliárias (2,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade sociais (1,5%), Comércio (0,8%) e Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,4%).

Na análise da despesa, houve alta de 0,9% da Formação Bruta de Capital Fixo, segundo ano consecutivo de crescimento. A Despesa de Consumo das Famílias avançou 4,3% em relação ao ano anterior. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, cresceu 1,5%.

Impostômetro atinge R$ 500 bilhões

O Impostômetro, ferramenta da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) que mede em tempo real a arrecadação de impostos, taxas e contribuições nas esferas federal, estadual e municipal, vai atingir a marca de R$ 500 bilhões nesta quinta-feira (23), às 16h01. Este ano, o montante será registrado com quatro dias de antecedência, comparado com 2022.

De acordo com a análise do economista da ACSP, Marcel Solimeo, houve crescimento na arrecadação em razão do aumento nos preços e inflação acumulada para o período.

“A alta [de impostos] que tivemos aconteceu pelo aumento da inflação, que incide diretamente nos preços dos produtos e eleva a arrecadação”, explica Solimeo.

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