Com a chegada da primavera, pólen se une à poluição agravando alergias e problemas respiratórios

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Com a primavera chegando no último final de semana (22/9), o aumento da presença de pólen combinado com o tempo seco e acúmulo de poluição, promete piorar os problemas respiratórios e alérgicos para muitos brasileiros.

A estação, conhecida pelas flores, chega em um momento crítico, marcado por queimadas em diversas regiões do país, agravando a qualidade do ar e potencializando as reações alérgicas.

Embora a alergia ao pólen seja mais comum em países do hemisfério norte, estudos apontam que até 25% dos adultos brasileiros podem ser afetados pela condição.

“Aqui no Brasil, o pólen das gramíneas é um dos causadores de alergias, com sintomas como coceira nos olhos, nariz, espirros, lacrimejamento e vermelhidão”, explica Samara Vilela, imunologista e alergo-pediatra do Hospital São Luiz Campinas, da Rede D’Or.

Essas partículas se espalham rapidamente, e em ambientes com altas concentrações de poluição, como nas grandes cidades, o impacto nas vias respiratórias é ainda mais intenso.

Segundo Vilela, a poluição, combinada com a poeira e o pólen, irrita as mucosas nasais, podendo provocar coriza, coceira, espirros, asma, entre outros sintomas.

Para prevenção, especialistas recomendam manter janelas fechadas em dias de vento forte, evitar atividades ao ar livre nas primeiras horas da manhã e utilizar umidificadores em ambientes internos para ajudar a aliviar o ressecamento das vias respiratórias.

“O uso de máscaras, principalmente em áreas urbanas com altos índices de poluição, também é indicado. Hidratação constante e a lavagem nasal com soro fisiológico também são práticas importantes para evitar que as partículas de poeira e pólen se acumulem nas mucosas”, orienta a médica da unidade.

O Hospital São Luiz Campinas oferece suporte especializado para esse tipo de condição, com equipes nas áreas de imunologia, alergologia e pneumologia. Além de alergias, doenças comuns como conjuntivite, sinusite e rinite alérgica também se intensificam nessa época do ano.

A primavera também traz outro risco importante: o aumento dos casos de doenças respiratórias. “Com o tempo seco, a umidade do ar diminui, o que resseca as vias aéreas e facilita a entrada de agentes nocivos. A combinação entre a fumaça das queimadas, poluição e a dispersão do pólen cria um cenário desafiador para aqueles que já têm predisposição a problemas respiratórios”, completa a especialista.

Para evitar quadros graves, é fundamental manter o tratamento das alergias em dia, com acompanhamento de especialistas como imunologistas, alergologistas e otorrinolaringologistas. Para pacientes com alergia comprovada ao pólen, pode ser avaliado a imunoterapia de acordo com cada caso.

 

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