A vereadora Professora Juliana (PT) utilizou o tempo para explicação pessoal na sessão da Câmara Municipal de Americana desta terça-feira (1º) para tecer críticas a um jornalista e radialista da cidade. A parlamentar acusou-o de tentar colocar a pecha de ‘produtora de fake news’. Além disso, que não daria espaço para ela, sequer a chamando pelo nome – ‘Juliana Soares’, ‘Juliana Nascimento’ ou ‘Juliana Soares do Nascimento’, ao invés de Professora Juliana. Tudo isso com a presença do próprio profissional no plenário.

O jornalista comentou um Story em rede social da vereadora – que ela disse não ter sido compreendida – sobre a Secretaria de Esportes e respostas ‘evasivas’ obtidas em requerimentos. Professora Juliana citou que faltaria ‘cognição’ a quem responde os requerimentos e que estariam desrespeitando o seu trabalho e a população em si. “É um escárnio com a inteligência das pessoas”, disparou. Ela aponta o uso exagerado, nos ofícios, de gerúndio – forma verbal que indica continuidade de uma ação e é formada pela terminação “ndo”.

“Venho aqui desmascarar quando a imprensa tenta atribuir a mim coisas que eu não disse, coisas que eu não fiz, coisas que eu não falei”, ressaltou a vereadora. “Especialmente rádios, que são concessões públicas, precisam ter compromisso muito claro com a verdade”, apontou. Professora Juliana também disse que o jornalista “insinua que estava mentindo” e que “precisa respeitar a inteligência das pessoas”.

A vereadora chegou a ironizar a profissão: “Jornalista, ops, radialista”. Ela disse que não tem vez e voz na emissora e chegou a pedir extrajudicialmente que o jornalista e a rádio se refiram a ela pelo nome parlamentar, assim como faz com os demais. A alegação é de que estaria sendo invisibilizada (tornada invisível) e não é respeitada enquanto autoridade pública. A petista até desafiou para uma entrevista na emissora e ir para o embate. “Essa pecha de fake News não vai colar em mim”, reforçou.

Professora Juliana

Dinheiro

Professora Juliana ainda citou que o meio de comunicação supostamente receberia R$ 40 mil mensais do poder público. “Dinheiro que deveria ser recebido para fazer comunicação pública e não propaganda eleitoral”, sugere. Não é de hoje que a vereadora petista contesta a Secretaria de Comunicação da Prefeitura. Inclusive o secretário atual, Leon Botão, foi seu assessor por um período na Legislatura passada.

Lembrando do episódio onde, no meio do cerimonial da inauguração da reforma da maternidade do Hospital Municipal, a vereadora tomou o microfone da apresentadora para utilizar a palavra, alegando que estava sendo cerceada, mesmo tendo intermediado recursos para a obra. E na visita do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) para entregar 315 casas populares no último sábado (28) na região da Balsa, Juliana divulgou nas redes sociais que conseguiu acessar local onde não era pra estar e cumprimentou o chefe do Poder Executivo Estadual.

Depois das duras críticas ouvidas por todos os presentes, o vereador Gualter Amado (PDT) aproveitou em outro momento e contexto da sessão para também cutucar, sugerindo que o jornalista/radialista divulgasse determinados assuntos à população. Os dois também já tiveram embates públicos. Por fim, somente o vereador Paulo Eduardo (ex-Juninho Dias) defendeu o profissional, citando a trajetória de décadas e refutou as críticas da colega.

 

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