Primeiro suplente do PSDB nas eleições de 2020, Renan de Ângelo decidiu pedir a cadeira do vereador Thiago Brochi por conta da desfiliação do ex-tucano. A legislação prevê perda da cadeira por infidelidade partidária em caso de troca de partido sem razão plausível- expulsão, fusão partidária, janela eleitoral ou mudança de estatuto. A ação foi protocolada esta quarta-feira e tem como ‘requerido’ além de Brochi, o PSDB. O advogado de Renan é Fábio Martins, de Nova Odessa e que conhece os meandros políticos da região.

 

De Ângelo disse ao NM que ia tentar ouvir Brochi antes de entrar com o pedido. “Entendo o lado do amigo e vereador, sei do seu descontentamento com a sigla, mas essa ação prejudicará eu e os demais suplentes do partido”, disse. Brochi anunciou em novembro que vai deixar o PSDB depois de 6 anos de desentendimentos e desacordos.

O NM entrou em contato com Brochi, que disse: “É direito do Renan exigir aquilo que ele acha que é correto. Mas eu estou muito tranquilo pelo trabalho que eu fiz com o advogado. Eu tendo a carta anuência na mão, eu vou aguardar as próximas notícias, a carta chegar oficialmente, mas referente a isso é bem tranquilo. É direito do Renan entrar na justiça e questionar aquilo que ele quiser.”

 

ATAQUE AO PSDB– Na peça protocolada na Justiça Eleitoral, Martins aponta que “Para deliberar sobre a desfiliação do representado, o PSDB no dia 08/08/2022 em “suposta reunião extraordinária” da Comissao Executiva Municipal, reuniu o presidente, Srº Roger Willians da Fonseca, a secretária do partido Jamile Elaine da Fonseca, o vice-presidente Rafael de Andrade Galvão Macris, a tesoureira Srª Angelica Cavalin e o Suplente da executiva municipal e vereador, Srº Lucas Leoncine, que decidiram sobre o pedido”.

 

O histórico de casos de perda de mandato por desfiliação em Americana depõe contra Brochi. No mandato anterior, Guilherme Tiosso deixou o então PRP para concorrer a deputado federal e perdeu o mandato de vereador alguns meses depois.

 

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