Garantido por lei e fielmente mediado pelos sindicatos dos servidores municipais, a reposição salarial coletiva é o fantasma que aparece anualmente para assombrar o gabinete do Executivo. No caso de Nova Odessa, Santa Barbara d’Oeste e Sumaré, os prefeitos são novatos e a postura nesse momento podem contribuir para o relacionamento com sua equipe de trabalho.
Em Americana, a experiência de Diego De Nadai (PSDB) fez a negociação passar com folga. O prefeito teve proposta de 6,2% e cesta básica de R$ 300 a partir de setembro aceita, apesar de, no primeiro momento, os servidores terem sinalizado por uma insatisfação.
Em SBO a negociação está quase encerrada. Apesar dos servidores pedirem inicialmente 10% de aumento, o prefeito Dênis Andia (PV) viu 7,2% ser aceito com tranquilidade. A briga é entre o sindicato e os servidores que não se sentem representados por Walmir e cia. Além disso, o índice coloca o prefeito verde com maior oferta de aumento entre os quatro municípios.
O prefeito de Nova Odessa Bill Vieira de Souza (PSDB) foi o que teve mais sucesso em sua negociação. Os servidores aceitaram com facilidade a contraproposta de reajuste salarial de 6,8% e aumento na cesta básica de R$ 240 para R$ 290.
Por outro lado, a tucana Cristina Carrara está enfrentando dura resistência dos servidores em Sumaré. A situação já se arrastou para a Justiça e pode resultar num enorme calo para a Administração durante os próximos três anos e meio. O que chama a atenção é que a assessoria da prefeita alega ser a cidade com maior reposição da RMC, sendo que está oferecendo apenas 3%, menos da metade da reposição inflacionária que é 6,97%.