O vereador Wagner Rovina (PV) usou o tempo de liderança de seu partido nesta quinta-feira, durante a sessão, para tentar justificar seu voto favorável ao requerimento da Professora Juliana (PT) questionando a prefeitura sobre a interdição de rua – uso e ocupação de solo – para a permanência de manifestantes em frente ao Tiro de Guerra. O grupo não aceita o resultado das eleições que colocou Lula (PT) o próximo presidente do país.
Numa tentativa de justificar o seu voto a favor do questionamento ao poder executivo, Rovina afirmou que o requerimento foi aprovado “em bloco” – quando todos os requerimentos são votados sem que sequer sejam lidos -. “Nós votamos em bloco a aprovação não do teor do requerimento, e sim aprovamos o requerimento para que ele chegasse ao seu destino final”, disse o parlamentar.
Após a fala de Rovina, Juliana usou a palavra e chegou a se exaltar com a atitude do colega, que tentava “se livrar” da culpa do voto favorável perante os manifestantes, do ato apoiado por ele. “Eu não tenho responsabilidade sobre a maneira como os senhoras lidam com as proposituras que são protocoladas. Se desconheciam o conteúdo desse requerimento, não é um problema meu. É preciso conhecer as proposituras que serão votadas nas sessões”, disse Juliana ao vereador Rovina.
Juliana ainda rebateu Rovina sobre reclamações em relação à interdição da rua ocupada pelos bolsonaristas. “Vocês não veem notícias de jornal e comentários nas redes sociais. É público e notório que existe sim um transtorno para quem mora no entorno do Tiro de Guerra. Assim como tem gente que aprova, tem quem desaprova”, disse a petista.