O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo contabiliza 726 obras paralisadas

ou atrasadas sob responsabilidade do Governo Estadual ou dos municípios paulistas. Os valores iniciais dos contratos passam de R$ 20 bilhões. As informações, que tem como data base o dia 11 de outubro de 2023, fazem parte do painel sobre o tema, que acaba de ser atualizado pelo TCESP.

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O dado representa uma queda no total de projetos atrasados ou paralisados, já que, em abril, 784 estavam nessa situação. Desde que a ferramenta foi lançada, em março de 2019, a quantidade de paralisações e atrasos vêm diminuindo de forma consistente. Entre a primeira e a última atualizações do painel, o total de empreendimentos atrasados ou paralisados passou de 1677 para os atuais 726.

São Paulo tem 726 obras paralisadas ou atrasadas

“Os números ainda são altos, mas muito menores do que foram no passado. Fica claro que a fiscalização do Tribunal está fazendo com que os gestores fiquem mais atentos a esse problema. Esse é nosso objetivo. Afinal, obras que não são entregues significam desperdício de recursos públicos e prejuízo para a população, que não pode desfrutar dos benefícios que elas deveriam proporcionar”, afirmou o Presidente do TCESP, Sidney Beraldo.

A obra há mais tempo sem ser concluída é a reforma e construção de edificações do Museu da História do Estado de São Paulo. Prevista para ser entregue em fevereiro de 2011, já recebeu mais de R$ 93 milhões — embora o contrato inicial previsse investimentos de cerca de R$ 61 milhões.

Já a obra atrasada mais cara refere-se a contrato inicial de R$ 2,4 bilhões, firmado entre o Metrô de São Paulo e o Consórcio Expresso Monotrilho Leste – CEML. Com previsão de entrega para outubro de 2015, até agora consumiu R$ 2,7 bilhões.

Dentre as obras paralisadas, a de maior valor tem contrato de R$ 788 milhões, firmado entre a Dersa e a Acciona Construcción S.A para a execução de obras de implantação do trecho norte do Rodoanel Mario Covas – Lote IV. Mais de R$ 830 milhões foram pagos. A conclusão estava prevista para fevereiro de 2016.

Todas as 27 maiores obras paralisadas ou atrasadas são estaduais. Entre as municipais, a de maior valor inicial totaliza quase R$ 130 milhões. O contrato foi firmado entre a Prefeitura Municipal de Bauru e a Com Engenharia e Comércio Ltda para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto Vargem Limpa. O projeto, que deveria ter ficado pronto em outubro de 2016, já recebeu R$ 105.154.232,59 dos cofres públicos.

 

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