O Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis, da secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde publicam hoje (28), Dia Mundial de Luta Contra Hepatites Virais, o boletim epidemiológico de 2020. O caderno traz ações, números e orientações sobre a doença no Brasil.
Segundo o documento, as ações de combate aos diferentes tipos de hepatites fazem parte da lista de prioridades do departamento. O documento mostra que, na última década (1999-2019), foram notificados 673.389 casos de hepatites virais diversas no Brasil. A hepatite C é a forma mais comum, e responde por 37,6% de todos os casos registrados, concentrando-se principalmente na Regiao Sudeste.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as hepatites virais causam cerca de 1,7 milhão de mortes no mundo a cada ano.
O que são hepatites?
Caracterizadas principalmente por inflamações no fígado, as hepatites constituem o segundo maior grupo de doenças infecciosas letais no mundo. As hepatites são causadas por vírus, mas outras condições, como consumido excessivo de bebidas alcoólicas, também podem causar o quadro. As hepatites virais se dividem em 5 doenças diferentes: tipo A, B, C, D e E.
O Brasil é faz parte da iniciativa criada pela OMS chamada “Estratégia Global para Eliminação das Hepatites Virais como Problema de Saúde Pública”, que visa reduzir novas infecções em 80% e a taxa de mortalidade para 65% em relação às médias atuais ao ano.
Os tipos de hepatite
Segundo os dados publicados, o Ministério da Saúde distribuiu 1,9 milhão de doses de vacina para hepatite A em 2020. A hepatite A é alimentar, e ocorre geralmente por falta de higienização de alimentos. A hepatite A é considerada uma doença benigna, entretanto pode ser letal em pessoas com mais idade. Condições sanitárias precárias também podem transmitir essa variação da doença.
A hepatite B não tem cura, e é uma doença silenciosa – transmitida sexualmente. O Sistema Único de Saúde fornece a vacina para a hepatite B. Segundo a pasta, 7,2 milhões de doses de vacina para hepatite B foram levados aos postos de saúde neste ano.
Já a hepatite C, que também é transmitida sexualmente, não tem vacina. A medida profilática recomendada pela OMS é o uso de preservativos durante a relação sexual. Procedimentos de saúde invasivos, que utilizem seringas ou objetos cortantes-perfurantes também podem transmitir a hepatite C.
Com informações Agência Brasil