Familiares da gestante R.F. S., 19 anos, moradora no bairro São Joaquim, estão revoltados com o atendimento prestado à ela na tarde do último sábado (07), no Pronto Socorro Dr. Edison Mano. Conforme informou seu tio, Donizete Pereira Silva, a jovem sentiu dores de parto e procurou o Hospital Santa Bárbara, onde há um atendimento específico com acesso livre à gestantes, porém após atendida foi informada que ainda não estava na hora do parto.
Como a dor persistiu, ela procurou depois o Pronto Socorro Dr. Edison Mano, onde foi atendida com descaso por uma enfermeira. “Ela mandou minha sobrinha ficar quieta porque estava perturbando os outros pacientes. Porém a bolsa rompeu e ela foi ao banheiro, onde a criança acabou nascendo”, contou o tio.
Prematuro, o bebê (uma menina) nasceu com 1,70kg. A mãe e a criança foram encaminhadas para o Hospital Santa Bárbara. R.F.S teve alta ontem (10) e o bebê permanece internado, mas apresenta-se estável. No sábado, segundo Donizete, nem a mãe nem o pai puderam ver a criança.
Procurada para se manifestar sobre o caso, a Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d???Oeste informou que todos os procedimentos médicos e de enfermagem foram realizados de forma adequada no Pronto-Socorro.
A Secretaria informou ainda que irá apurar o que houve no atendimento do Hospital Santa Bárbara (que não faz parte da administração municipal) para que a paciente não tenha sido admitida na internação e portanto não tenha tido o seu parto intra-hospitalar, como preconizado.
O Serviço Social da Santa Casa de Misericórdia, mantenedora do Hospital Santa Bárbara, informou que mantém atendimento de acesso livre a gestantes e todas que procuram o serviço são monitoradas, assim como o bebê, e não estando em trabalho de parto são liberadas com a recomendação para retornar em caso de sentir novas dores. A maioria, no entanto, acaba indo ao Pronto Socorro. (SBN).