O padre João Carlos da Cunha, da Paróquia São Sebastião em Santa Bárbara d’Oeste, esteve na Câmara de Vereadores nesta terça-feira para apresentar aos parlamentares a “Câmara Intereclesial”. Criada por 12 representantes de Igrejas Católicas e Evangélicas, a comissão tem por objetivo participar das discussões de projetos protocolados no legislativo barbarense.
A proposta – criada a partir da discussão do plano municipal de educação, que inicialmente citava a ideologia de gênero – diz que a Câmara tem como finalidade a “defesa de interesses comuns de pessoas físicas e jurídicas que exerçam atividades cristãs no Município (…) principalmente na defesa da moral e ética da família, nos moldes tradicionais e em conformidade com a Constituição Federal”.
Segundo o padre, a comissão pretende ser avisada pelos vereadores quando um projeto relevante for votado. “Nossa proposta inicial é, quando chegar a proposta polêmica aqui (câmara de vereadores), que eles nos chamem através da nossa assessoria. Aí eles vão analisar se esse projeto realmente compete a nós, projetos que vão afetar diretamente a educação de nossos filhos, família, então nós estaremos presentes”, disse.
Ainda segundo o padre, outras denominações religiosas não fazem parte da comissão, mas as portas estão abertas caso haja o interesse em fazer parte do grupo.
USO DA TRIBUNA: Segundo o regimento interno da Câmara, a tribuna não pode ser usada nos 6 meses que antecede as eleições. Nesse caso, como o padre usou a tribuna, o presidente da casa, Juca Bortolucci (PSDB), suspendeu a transmissão pela rádio e internet.”Recebemos a presença de vários representantes das instituições, tanto de igrejas católicas quanto evangélicas. Para que eles não perdessem a viagem, fomos democráticos e tivemos a autorização dos vereadores e a sessão foi suspensa, tendo uma conversa informal”, explicou o presidente.