O secretário de saúde de Americana, Orestes Camargo, e Maria Giovanna Fortunato, ex-secretária adjunta da pasta, apresentaram na manhã de hoje um diagnóstico da saúde pública do município. A dupla falou sobre dados estatísticos e projetos para 2017. 
De acordo com Giovanna, que ficou dois meses no cargo para levantar esse diagnóstico, Americana já é considerado um município envelhecido. “O índice de envelhecimento do nosso município hoje é 70,42. Temos 70,42 de pessoas com mais de 70 anos para cada grupo de 100 pessoas com menos de 15 anos. O índice previsto para o Brasil em 2025 é que a gente tenha 50 adultos com mais de 65 anos para cada conjunto de 100 jovens menores de 15 anos”, disse. 
O índice elevado de idosos no município exige políticas voltadas especialmente para esse nicho. Giovanna aponta que idosos representam mais consultas, mais consumo de medicamentos, mais realização de exames complementares e um maior número de hospitalizações.  
O estudo traz também as regiões com maior natalidade. As regiões do Cariobinha, Jaguari, Gramado e Mathiensen são os que registram o maior número de nascimentos na cidade. “Isso significa que temos que ter um olhar, na dificuldade principalmente. Apresentar uma atenção básica voltada para essa população, garantir que exista um ginecologista, acompanhamento materno infantil, entre outras medidas”, afirmou Giovanna. 
O que trouxe preocupação, segundo Giovanna apontou no diagnóstico, foi a taxa de mortalidade. O maior número de mortes no município está registrado como ‘causas mal definidas’. “Isso é um indicador de que estamos coletando mal o motivo de mortalidade do município”, disse. Para cada 10 mil habitantes, 16 morrem sem causa definida. Esse coleta é feita tanto no sistema único de saúde (SUS) como no setor privado.   
Em segundo lugar na causa de mortes está o aparelho circulatório, seguido de câncer em geral e aparelho respiratório. 
Os dados do disgnóstico levam a secretaria e intensificar os trabalhos nos pontos mais necessitados além de saber onde atuar e com qual especificidade. Os resultados da mortalidade, por exemplo, mostrou que as doenças mortais do aparelho circulatório estão ligadas diretamente a qualidade de vida, o que pode ser trabalhado em atividades de precaução.