Candidato ao governo de São Paulo pelo Republicanos, Tarcísio de Freitas, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL), tenta se dissociar do mandatário. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo divulgada nesta quarta-feira (8), o ex-ministro da Infraestrutura afirmou ser uma “pessoa diferente” do chefe do Executivo. “O presidente Bolsonaro ajuda. É um governo que teve muita entrega, mas que pecou na narrativa em algumas questões. A narrativa muitas vezes se dissocia do que aconteceu na realidade. Tenho um estoque de realizações para mostrar”, disse.
“Somos pessoas diferentes, com perfis diferentes. Eu tenho uma cultura muito voltada para o resultado. Não mantive uma postura ideológica na condução do Ministério da Infraestrutura. Sempre tive uma postura muito pragmática. Convivia com o mercado o tempo todo”, argumentou.
O pré-candidato ao Palácio do Bandeirantes disse que, durante sua campanha, irá “defender o legado” do governo federal, mas também vai “estabelecer as diferenças que existem” entre ele e Bolsonaro. O ex-ministro também falou que se considera de centro-direita, pois é “conservador nos costumes e liberal no pensamento econômico”.
Ainda na entrevista ao jornal, Tarcísio falou que é preciso monitorar “mais bandidos do que policiais”. Ele havia sido questionado sobre o uso de câmeras no uniforme dos agentes.
“O monitoramento do bandido é muito mais eficaz e mais barato que o do policial. Uma tornozeleira eletrônica custa quase um terço do valor de uma câmera. O questionamento que eu faço logo na largada é porque não monitorar mais bandidos do que policiais. Além disso, vejo uma inibição da atividade policial com a câmera. Isso tem sido relatado pelo policial que está na ponta da linha.”