Não é novidade para ninguém que crianças e adolescentes vivem no mundo dos games e da tecnologia. Ser Geek está na moda e hoje as pessoas estão aprendendo a programar cada vez mais cedo. Em um mundo onde tudo é controlado por máquinas e tecnologia, saber programar tornou-se pré-requisito. Muitos países de primeiro mundo estão mudando suas leis para que a ciência da computação seja inserida no currículo escolar como matéria obrigatória.
Com 5 mil alunos, a SuperGeeks atende crianças entre 05 a 16 anos que fazem cursos para aprender ciência da computação a partir do desenvolvimento de games, do conhecimento em robótica, realidade virtual e aumentada, inteligência artificial e também da criação de aplicativos e sistemas web, incluindo questões de redes de computadores e servidores.
A SuperGeeks segue a filosofia de que a programação abrange diferentes áreas do conhecimento e é essencial para o processo de aprendizagem. A criança que faz aulas de programação não precisa se tornar, necessariamente, um programador. A programação está em diferentes áreas do conhecimento ??? na medicina, biologia, segurança, administração, entre outros. “Aprender ciência da computação desde a infância, não é um fim, mas um meio para desenvolver também outras habilitadas essenciais, como raciocínio lógico, criatividade, resolução de problemas, pensamento crítico, foco, concentração, inglês, pensamento sistêmico, computacional, cooperação, trabalho em equipe, física e matemática, além de ajudar o aluno a ter um melhor desempenho nas outras disciplinas”, explica Marco Giroto, um dos fundadores da SuperGeeks.
Segundo Vanessa Ban, sócia-fundadora da SuperGeeks, o maior desafio hoje é mostrar para as pessoas como aprender ciência da computação desde cedo é decisivo e importante para a formação dos profissionais no futuro, bem como ao desenvolvimento do país.
Marco explica ainda que em um futuro não muito longe, a população irá se deparar com uma realidade completamente diferente, na qual não será mais necessário, por exemplo, dirigir carros, ir ao supermercado, não haverá mais livros em papel, entre muitas outras mudanças. Estaremos conectados 100% à internet e tecnologias como Inteligência Artificial, impressão 3D, realidade virtual e aumentada, robôs e drones farão cada vez mais parte da vida do ser humano, como já fazem hoje em dia. Muitos empregos também deixarão de existir e serão substituídos por máquinas.
Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial sobre o Futuro do Software e da Sociedade, muitas tecnologias emergentes de que ouvimos falar nos dias de hoje chegarão a um ponto de mudança extrema até 2025. O mercado de trabalho, inclusive, deve ser bastante afetado. Na Austrália, por exemplo, devido os avanços tecnológicos e automação, muitas carreiras se tornarão obsoletas e 60% dos jovens estão entrando no mercado de trabalho em empregos que serão radicalmente afetados dentro dos próximos 10 a 15 anos. Os dados pertencem ao relatório The New Work Order, divulgado pela Foundation for Young Australians (FYA).
Criada no Vale do Silício (EUA) quando seus fundadores perceberam que escolas, empresas e políticos americanos estavam se mobilizando para ensinar Ciência da Computação para crianças e adolescentes, a SuperGeeks possui uma metodologia exclusiva e apoio pedagógico adequado para que o ensino seja aproveitado ao máximo. A escola oferece três tipos de cursos, desde os regulares (semestrais/anuais), extras e os denominados “QuickCodes” (com duração de um a dois meses). Completos, eles englobam os principais aspectos da ciência da computação.
Como novidade para este ano, a SuperGeeks irá ampliar o número de cursos, com o lançamento do SuperMATH, no qual a criança aprende matemática desenvolvendo e jogando o próprio game; além do SuperKids, voltado ao público de 5 a 7 anos, e a Fase R ??? um curso dedicado apenas à robótica. O empresário Marco acredita que a demanda deverá ser 30% maior com a nova oferta.
Operando no sistema de franquias, a SuperGeeks conta com mais de 40 unidades espalhadas por todo país e pretende finalizar 2017 com 80 franquias e um faturamento de R$ 50 milhões, o que correspondente a um crescimento por volta de 200%. Somente no ano passado a rede registrou um aumento de 625%. O investimento na rede para quem deseja se tornar um franqueado é de R$ 150 mil a R$ 200 mil.
O programador dá à vida um amontoado de placas e circuitos, porque é quem desenvolve os sistemas. Sem eles, o hardware, que é a parte física, seria inútil, pois ele depende 100% do software, ou seja, do programador. Mas hoje faltam programadores para a demanda de sistemas que precisam ser criados e mantidos. No Brasil esse mercado emprega 1,3 milhão de pessoas e, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, 50 mil postos de trabalho estão esperando por um profissional qualificado.
“O Brasil só se tornará um país de primeiro mundo se começarmos pela base, que são nossas crianças e adolescentes. Precisamos transformá-los em criadores de tecnologia e não apenas consumidores. Em vez de deixá-los jogando videogame o tempo todo, devemos incentivá-los a criar os próprios jogos. A mesma regra vale para os aplicativos e gadgets.”, conclui Giroto.