O grupo francês Vivendi anunciou nesta sexta-feira acordo para vender a operadora GVT para a Telefónica, em um negócio bilionário que dará à companhia espanhola mais poder de competição no mercado de banda larga, liderado no Brasil pela NET, da mexicana América Móvil.
Segundo dados de julho da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a NET detém cerca de 30,4 por cento do mercado de banda larga fixa do país, enquanto a Telefônica aparece em terceiro lugar, com 18,7 por cento, seguida pela GVT, com 11,90 por cento.
Como as operações da Telefônica Brasil e da GVT não se sobrepõem intensamente, é possível somar as participações de Telefônica com GVT, afirmou um analista do setor que pediu para não ser identificado. A GVT tem forte atuação fora de São Paulo, Estado em que a Telefônica está presente com o serviço fixo.
Com a GVT, a fatia da Telefônica Brasil na banda larga fixa deve passar para 30,6 por cento, praticamente empatando com a participação da NET, disse o analista.
Além de reforçar a presença do grupo espanhol em banda larga fixa no Brasil, o anúncio da compra da GVT resolve em parte preocupações de reguladores brasileiros sobre as participações diretas e indiretas detidas pelo grupo espanhol no mercado nacional de telecomunicações, disseram fontes do governo federal.