Escravos modernos indenizados
O Ministério Público do Trabalho (MPT) celebrou na última sexta-feira (16/06) termo de ajuste de conduta (TAC) com a empresa tomadora dos serviços dos trabalhadores resgatados de condições análogas à escravidão na semana passada, na cidade de Elias Fausto (SP).
A signatária se comprometeu a pagar indenizações a título de dano moral individual para cada operário prejudicado, em valores que variam de R$ 4.000,00 a R$ 15.000,00.
Os pagamentos deverão ser realizados até a próxima terça-feira (20/06), sob pena de acréscimo de multa de 50% do montante devido. A contratante direta dos trabalhadores, uma empresa terceirizada do segmento da construção civil, está sendo investigada e pode ser processada na justiça do trabalho pelo MPT. A procuradora Carolina Marzola Hirata está atuando no caso.
Fraude da Americanas e inconsistências contábeis
Histórico – Na semana passada, os auditores fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego fiscalizaram um alojamento em Elias Fausto e constataram condições degradantes de moradia. Os trabalhadores, operários da construção civil, não tinham energia ou água no banheiro da casa. Não havia lavanderia ou local para refeição; eles lavavam as roupas e as louças em um ambiente insalubre e sujo. Segundo depoimentos, eventualmente havia moscas na comida e ratos no alojamento.
Além dos problemas de alojamento, os trabalhadores estavam com os pagamentos salariais atrasados. Os auditores fiscais efetuaram o resgate por condições análogas à escravidão, garantindo a emissão das guias de seguro-desemprego.
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